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BH Airport busca fortalecer operações em Confins

O setor aeroportuário segue como um dos mais afetados pela crise imposta pela pandemia. 

Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio

No início do ano, quando tudo parecia caminhar para uma retomada consistente, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (RMBH), apurava bons resultados e fazia planos para o corrente ano. Com a segunda onda da doença, a BH Airport viu os números despencarem, mas deu sequência a uma série de projetos e ações em vistas não apenas de preparar o terminal para o retorno da demanda, mas também de fortalecer as operações da principal porta de entrada de Minas Gerais.

Divulgação

Entre elas, a expansão da área comercial do terminal de passageiros 1, as negociações com companhias aéreas internacionais, o desenvolvimento do projeto de implantação de um terminal rodoviário para integrar o modal aéreo ao terrestre e a expansão do aeroporto industrial – o primeiro do tipo no País e que se encontra em operação há quase um ano.

As informações são do gestor de Aviação e Conectividade da BH Airport, Clayton Begido. Segundo ele, janeiro indicava um ano promissor em termos de movimentação de passageiros e chegou a registrar 75% de recuperação. Porém, a segunda onda da Covid-19 chegou forte e voltou a impor restrições e a travar a economia no País.

“Em janeiro tivemos quase 670 mil passageiros. Em fevereiro já caímos para 462 mil e chegamos a 340 mil em abril. Começamos a recuperar em maio e agora devemos encerrar julho na casa dos 600 mil passageiros – com tendência a se manter e atingirmos de 800 mil a 900 mil nos próximos meses”, explica.

Begido recorda que em janeiro de 2020, antes da chegada da pandemia ao Brasil, o aeroporto registrou seu maior fluxo: 1,031 milhão de passageiros. Naquela época, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte era o quarto maior aeroporto do Brasil em termos de fluxo. Agora, com o avanço da vacinação, a expectativa é que o terminal volte a atingir o pico alcançado em janeiro no início do ano que vem.

“As vacinas possuem um efeito muito grande sobre o setor, porque gera segurança para o passageiro e faz com que as pessoas tenham mais propensão a viajar. As ondas acontecem porque não está todo mundo vacinado, mas quando houver a vacinação em massa, o crescimento vai ser linear. Há uma grande chance, se não houver terceira onda, da oferta voltar aos patamares de 2019 já no fim do ano“, aposta.

Enquanto isso, a BH Airport segue trabalhando para preparar o aeroporto não apenas para a retomada consolidada, mas também para atender às exigências do contrato de concessão assinado em 2014. Neste sentido, o gestor cita as obras de expansão do terminal de passageiros 1. Conforme já publicado, a ampliação estava prevista no business plan de 2020, porém, foi adiada em função das intempéries causadas pela Covid-19. A expansão engloba o piso térreo, mezanino e a airside (área restrita depois do raio-x) do terminal 1.

Retomada de voos

Sobre a negociação com as companhias áreas para retomada dos voos, Begido destaca que já surte efeito. Para se ter uma ideia, o aeroporto deve encerrar julho com mais de 5 mil partidas e chegadas, o que significa uma média diária de 93 partidas. Antes da pandemia, esse número chegava a 120.

“Em termos do número de partidas estamos bem próximos. Mas, hoje, as aeronaves são menores, em função do menor número de passageiros. O que gera a receita é a movimentação, que está crescente”, diz.

Já quanto às companhias, ele cita a volta mais consistente da Azul e as operações de Latam e Gol ganhando fôlego. Nas rotas internacionais já voltaram a operar TAP e Copa Airlines, enquanto a Azul está priorizando a retomada dos voos nacionais.

“Mesmo diante de um cenário de crise abrimos mais três destinos: Marabá (PA), Comandatuba (BA) e São José do Rio Preto (SP) e agora no segundo semestre possivelmente teremos o início das operações da Eastern Airlines com voos para Miami, Boston e Nova York. Só depende do fim das restrições do tráfego aéreo norte-americano”, afirma.

Por fim, Begido adianta que a concessionária já desenvolve, em parceria com o governo do Estado, o modelo de implantação de um terminal rodoviário dentro do aeroporto. A ideia é atender passageiros com destino a cidades do interior de Minas Gerais, especialmente as turísticas.

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