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terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

As leis econômicas não se submetem ao populismo dos governantes

Quando em 1974 o economista Friedrich Hayek, ao receber o seu merecido Prêmio Nobel em Economia, afirmou em seu discurso que “criamos uma enorme bagunça”, não poderia ser mais profético. 


Giuseppe Riesgo | Deputado Estadual (NOVO-RS)

Naquele discurso, Hayek se referia às crises sistêmicas do Petróleo, a pretensão do conhecimento e as sucessivas intervenções governamentais nos mercados. Na prática, a história dos governos em crise é um samba de uma nota só: a crise chega, as intervenções e controles de preços aumentam, a crise se agrava, mais intervenções acontecem. Enquanto não chega um estadista com coragem de realizar reformas profundas, a espiral rumo ao buraco não para de aumentar. A consequência é inflação, miséria e concentração de renda.


Estes movimentos pró-intervenção dos governos sempre “aumentam a bagunça” e, geralmente, abundam economistas que respaldam tais intervenções em prol de um controle da economia que, supostamente, afastará o país da crise, colocando-o no rumo do crescimento. Esta história já aconteceu no Brasil e agora se repete, rotineiramente, na vizinha Argentina.

A Argentina já obteve uma economia desenvolvida há mais de 90 anos. Com uma renda nominal e per capita maior do que os níveis europeus, os argentinos souberam o que é ser um país de primeiro mundo. No entanto, com a escalada peronista e o aumento do intervencionismo estatal, a Argentina foi cavando lentamente o seu próprio buraco. Hoje, a bola da vez é a famigerada volta do controle de preços. Com a inflação alcançando mais de 53% em 2019, o Presidente Alberto Fernández precisou arrumar a bagunça. A solução? Logicamente, controlar os preços.

Como o economista Ludwig von Mises, em 1912, já deduziu: a inflação sistêmica (o que a Argentina vive) é um fenômeno tipicamente monetário. Ou seja, deriva do aumento exponencial e volumoso da quantidade de dinheiro (e crédito) da economia e, por lá, este indicador aumentou 130%, desde 2016. Já os preços são apenas consequência desta expansão. Tal qual uma febre, a inflação alta é o termômetro e a expansão monetária a doença. O governo Fernández aparentemente preferiu quebrar o termômetro.

Os preços não surgem por um decreto ou uma canetada estatal. Surgem da interação entre as escolhas subjetivas dos consumidores e a quantidade de produtos ofertados pelos vendedores. Logo, além de realizar a alocação dos bens e dos serviços de uma economia, transmitem a informação para que, no futuro, esta interação entre o que os consumidores querem e a quantidade que eles desejam, esteja mais bem alinhada com o que os produtores ofertam. Quanto isto ocorre, o desperdício na produção diminui, as margens melhoram, os lucros aumentam, os reinvestimentos crescem, os salários sobem e os consumidores ficam mais satisfeitos. Isto é desenvolvimento econômico e social na fonte e ocorre de forma livre e descentralizada, sem intervenção.

Toda vez que um governo pensa poder controlar tais leis econômicas ou os preços, acaba gerando “a grande bagunça” definida por Hayek. O resultado? Escassez de produtos e mais inflação, ali na frente. A minha esperança é que, assim como consumidores e produtores, os governos também aprendam (ainda que às custas do seu povo). A Argentina escolheu o populismo e as soluções mágicas dos governos de esquerda, terá que aprender na marra que, assim como a febre, não é quebrando o termômetro que se controla a doença.

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