Na semana do aniversário da cidade de Belo Horizonte, o presente do prefeito Alexandre Kalil e da Câmara Municipal foi a discussão de um projeto que vai aumentar em mais de 50% o custo dos apartamentos, salas e lojas comerciais na cidade.
Mateus Simões | Hoje em Dia
A prefeitura, depois de propor e aprovar o pior plano diretor da história da cidade, enviou um projeto de lei para regulamentar o valor da outorga onerosa – o valor a ser cobrado por cada metro quadrado adicional de construção no caso de verticalização das obras na cidade.
A prefeitura, depois de propor e aprovar o pior plano diretor da história da cidade, enviou um projeto de lei para regulamentar o valor da outorga onerosa – o valor a ser cobrado por cada metro quadrado adicional de construção no caso de verticalização das obras na cidade.
Divulgação |
É uma pena e uma vergonha que a opção da Câmara tenha sido a de aceitar, de cabeça baixa, um assalto ao bolso do belo-horizontino, sacrificando especialmente os mais pobres.
Na época em que foi discutido o novo plano diretor, que universalizou a cobrança da outorga para a quase totalidade dos projetos de verticalização da cidade, a prefeitura falava em cobrar 25% do valor do metro quadrado do imóvel para cada metro quadrado adicional. Eu já era contrário a essa exigência, naquela época, pois sabia que os proprietários das casas e terrenos teriam os seus imóveis desvalorizados e, por outro lado, os compradores de apartamentos salas e lojas pagariam mais caro pelos imóveis prontos.
Quando o projeto chegou à Câmara Municipal, no último mês, a prefeitura pedia 75% do valor do metro quadrado – três vezes mais do que o anunciado na época da votação. Uma fraude. Conseguiram aprovar o plano prometendo 25% e, depois de aprovado, apresentaram um projeto falando em um custo três vezes maior.
Depois de uma tramitação em tempo recorde, encenaram uma negociação com os vereadores da base de governo para fingir que cederam em algo e fecharam o texto, por emenda, em 50% do valor do metro quadrado para cada metro adicional de construção.
Esse é o presente de Kalil e da Câmara Municipal para a cidade de Belo Horizonte e seus habitantes, na comemoração de seus 122 anos. Se viesse com um cartão, eu já sei o que nele estaria escrito: “Não queremos vocês aqui, mudem-se para as cidades vizinhas. Ass: Alexandre Kalil”.
Polo Branca (Masculina) |
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