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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Deputados defendem digitalização da indústria brasileira

De acordo com dados da CNI, das 24 categorias industriais, 14 precisam adotar estratégias para usar tecnologias digitais; assunto foi debatido durante Congresso Brasileiro de Inovação Industrial


Agência do Rádio


Mais da metade dos setores da indústria brasileira precisa adotar estratégias para utilização de tecnologias digitais. Das 24 categorias, 14 precisam se modernizar. A avaliação é do estudo “Oportunidades para Indústria 4.0: aspectos da demanda e oferta no Brasil”, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O cenário apresentado pela pesquisa aponta para a necessidade de modernização dos sistemas de regulação no Brasil.

indústria brasileira
Deputado federal Vinícius Poit (NOVO-SP), ligado ao ABC, debateu assunto

O assunto foi debatido por líderes empresariais, acadêmicos e autoridades, durante 8º Congresso Brasileiro de Inovação Industrial, realizado em São Paulo, na última semana.

“O ambiente regulatório do Brasil é muito ruim. A gente não consegue inovar, não consegue ter startup, não consegue ter nada”, afirmou o deputado federal Vinícius Poit (NOVO-SP), que participou do evento.

Na avaliação do parlamentar, a digitalização da indústria é um movimento fundamental para gerar emprego e renda. Isso porque, além da exigência de equipamentos e softwares atualizados, haverá demanda de mão de obra qualificada para atender o campo empresarial.

“Esse tipo de discussão remete ao futuro. Gera inovação, emprego, perspectiva, expectativa, investimento e evolução da sociedade como um todo”, completou Poit.

A produção de mão de obra qualificada também é uma das preocupações do deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), outro representante do Parlamento presente no congresso.

“A educação digital precisa ser uma prioridade. Nós estamos no século XXI, no século digital. Precisamos fortalecer competências e habilidades dos nossos alunos. Então, isso é um desafio de todos os setores, inclusive das universidades, que precisam adequar e atualizar os seus cursos em função da economia digital”, declarou.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a inovação tem “papel central” na restruturação da economia brasileira. Durante o congresso, Braga de Andrade pediu política de longo prazo para dar segurança aos investimentos.

O presidente da confederação elencou algumas medidas que podem ser fundamentais para modernizar o sistema industrial brasileiro. Entre as principais ações, estão a diminuição da burocracia, a garantia de recursos para o financiamento de projetos, a priorização de políticas públicas de inovação e a qualificação de profissionais especializados e preparados para as tendências tecnológicas e demandas do mercado.

Além disso, uma pesquisa da CNI apontou ainda que na percepção de um terço dos empresários, a indústria nacional precisa dar um grande salto de inovação nos próximos cinco anos, para, assim, garantir a sustentabilidade dos negócios. Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o Brasil aplica 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento. Por isso, a expectativa é que esse investimento cresça nos próximos anos.

O Congresso Brasileiro de Inovação Industrial ainda contou com a presença da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso, assim como o governador de São Paulo, João Dória, e o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Julio Semeghini. Além deles, mais de 50 especialistas e empresários brasileiros e internacionais debateram o futuro da indústria no contexto da quarta revolução industrial. Durante o evento, que aconteceu na São Paulo Expo, 15 empresas de sete estados foram premiadas por seus esforços em inovação.

Entenda mais do assunto clicando aqui.


Guia de cores:

Azul:
setores industriais com maior potencial para serem os líderes na adoção das tecnologias, com maior proporção relativa de maior produtividade e alto coeficiente de exportação. Esses segmentos possuem maior capacidade para adoção de estratégias e precisarão migrar para a Indústria 4.0 para se manterem competitivos.

Verde: setores com elevado potencial de digitalização, com alta taxa de produtividade, mas com baixos coeficientes de exportação. Sustentam a posição no mercado interno devido à alta produtividade, mas isso não se reflete em competitividade no mercado internacional.

Amarelo: setores com baixa produtividade relativa e alto coeficiente de exportação. A competitividade nas exportações é dada por outras vantagens competitivas, como a disponibilidade de recursos naturais. É possível traçar estratégias graduais, com menor urgência relativa aos outros grupos em função das vantagens comparativas naturais do país.

Vermelho: setores mais vulneráveis em função da produtividade e do coeficiente de exportação relativamente baixos. Estes segmentos precisam adotar urgentemente o uso das tecnologias da Indústria 4.0 como meio para recuperarem competitividade.

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