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E se a USP não precisasse só de dinheiro público para funcionar?

Uma iniciativa extremamente tradicional nos EUA pode fazer uma GRANDE diferença nos cofres públicos (e na educação superior): os endowments (ou fundos patrimoniais).

Daniel José (NOVO-SP) | Deputado Estadual em São Paulo

Antes de te contar como eles funcionam, preciso te dizer que essa é a MAIOR fonte de renda da terceira melhor faculdade do mundo: Harvard.


No total, Harvard tem mais de US$ 41 bilhões de endowment.

Mas afinal, o que é isso e como funciona?

Endowments são doações, que são investidas no mercado financeiro e a universidade só usa o que rende, para ações como melhorar laboratórios, apoio à pesquisa e bolsas…

A ideia é que o fundo seja perene: quanto maior o bolo de doações, maiores os rendimentos e mais projetos são apoiados.

“Mas Daniel, Harvard é uma faculdade privada!”

É verdade. Mas você sabia que TODOS os alunos que forem aprovados em Harvard recebem bolsa INTEGRAL ou PROPORCIONAL se provarem que não podem arcar com a mensalidade - que gira em torno de US$ 70 mil dólares anuais?

Os Endowments são usados, inclusive, para financiar parte dessas bolsas.
Isso porque Harvard utiliza uma política de aceite NEED-BLIND, que não considera a condição sócio-econômica do candidato na hora de aprová-lo ou não, levando em conta somente se a pessoa é BOA o suficiente. 

Em 2019 o Brasil aprovou uma lei dando diretrizes para a criação de endowments, mas os incentivos fiscais pra isso seguem vetados.

O Amigos da Poli, endowment pioneiro no Brasil, já alcançou R$ 36 milhões (e ajuda a financiar uma série de projetos da Escola Politécnica da USP).

Existem MUITAS falhas no sistema educacional brasileiro, principalmente no que rege a administração e distribuição dos recursos e investimentos no ensino, assim como também no sistema de seleção e incentivo.

Em 2020, o orçamento da USP foi de R$ 5,9 bilhões de reais.

Com 10% desse valor, cerca de R$ 590 milhões de reais, é possível: Construir mais de 260 unidades de educação infantil, ou 66 escolas técnicas, ou ainda 10 hospitais bem equipados. Imagina a infraestrutura que nosso país teria!

E essa é apenas UMA das ações comprovadamente eficazes no que diz respeito à melhoria da gestão de investimento nas universidades públicas brasileiras.

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