Governo de Minas exporta metodologia para reduzir múltiplas formas de violência

Modelo de gestão do Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos será utilizado na capital do estado de São Paulo

Agência Minas

O modelo de gestão da política de direitos humanos do Governo de Minas Gerais, por meio do Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos (SER-DH), será compartilhado com a Prefeitura de São Paulo. O objetivo é promover a integração intergovernamental para fomento da promoção, proteção e defesa dos direitos humanos. A partir de um acordo de cooperação técnica, a capital paulista poderá adotar metodologias e tecnologias de informação e comunicação do SER-DH, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese).

A secretária de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais, Elizabeth Jucá, ressalta que a cooperação entre governos é um importante instrumento de fortalecimento das políticas públicas. “O interesse de outros entes federativos em projetos e ações desenvolvidas pela Sedese demonstra o pioneirismo do Estado de Minas Gerais em construir soluções inovadoras. O SER-DH representa o compromisso mineiro em diminuir as violências que afetam grupos e sujeitos e, também a subnotificação de casos”, afirma.

Sima

O modelo da Sedese, que busca reduzir as múltiplas formas de violência no estado, estabelece, em conjunto com outros parceiros (governamentais e não-governamentais), ferramentas para fortalecimento, modelagem e integração das redes setoriais de promoção e proteção de direitos. Uma dessas ferramentas é o Sistema Integrado de Monitoramento e Avaliação em Direitos Humanos (Sima).

O Sima garante o registro de dados sobre violência de todos os grupos, como mulheres, pessoas com deficiência, pessoa idosa, pessoa LGBTQIA+, crianças e adolescentes e grupos etnicorraciais. Em tempo real, essas informações subsidiam a construção de políticas públicas levando em consideração as especificidades de cada público e região.

Alcance

Segundo a secretária municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo, Ana Claudia Carletto, esse é um passo inovador e disruptivo no apoio à gestão de dados, que ainda promove ganho de transparência e articulação social.

“Em uma cidade com 12 milhões de habitantes, este acordo de cooperação vai qualificar ainda mais o trabalho em defesa da garantia de direitos. O modelo de gestão do SER-DH é único e oferece uma excelente capacidade de convergência em relação a todas as pautas de direitos humanos. É olhando e interpretando nossos dados que a gente consegue construir políticas públicas cada vez mais eficazes”, enfatiza.

A coordenadora e idealizadora do SER-DH, Bárbara Amelize, destaca que a difusão das metodologias mineiras em outras cidades e estados do país indica que o estado está em um bom caminho para proteção, promoção e defesa dos direitos de todos os grupos historicamente e sistematicamente vulnerabilizados.

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