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quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Produção industrial do Estado de Minas Gerais cresce 19% no 1º semestre

A produção industrial, em Minas Gerais, apresentou recuo de 0,6% em junho, quando comparada com maio. Apesar da retração, no primeiro semestre a produção industrial ficou 19,1% maior, frente a igual intervalo do ano anterior. Resultado positivo também foi visto no acumulado dos últimos 12 meses, 11,1%, e no confronto com junho de 2020, com uma alta de 23,1%.

Por Michelle Valverde | Diário do Comércio

Para os próximos meses, fatores como o avanço da vacinação contra a Covid-19 e a retomada das atividades econômicas são favoráveis para um melhor desempenho na produção industrial. Por outro lado, os aumentos da inflação e das taxas de juros podem limitar o avanço.

Indústria alimentícia, porém, não teve mesma sorte que outras e recuou influenciada por inflação | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC

De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em nível nacional, a produção da indústria ficou estável e dez dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas, incluindo Minas Gerais.

A supervisora de pesquisas econômicas em Minas Gerais do IBGE, Claudia Pinelli, explica que a queda registrada na produção industrial em junho interrompeu a série positiva que o setor vinha apresentando.

“A produção industrial estava em patamares favoráveis e acumulando resultados positivos ao longo dos últimos meses, mas, em junho, voltou a apresentar queda frente a maio. Como foi o primeiro resultado negativo, precisamos aguardar os próximos resultados para entender se foi uma situação atípica em junho ou se é uma tendência”.

Ao longo do primeiro semestre, a produção industrial em Minas Gerais acumulou alta de 19,1%. A indústria extrativa cresceu 20,2% e a de transformação 18,9% na mesma base de comparação.

Dentro do setor de transformação, o estímulo para a alta registrada na indústria geral veio, principalmente, da fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 121,8%. Alta expressiva também foi observada na fabricação de máquinas e equipamentos, 54,2%. Produtos têxteis tiveram uma elevação de 32,6% e fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, 36,9%. A produção da indústria metalúrgica aumentou 20,2%.

No acumulado dos primeiros seis meses de 2021, apenas três segmentos da indústria tiveram queda. Em produtos alimentícios a redução foi de 1,9%, na fabricação de celulose, papel e produtos de papel a queda chegou a 7% e na fabricação de outros produtos químicos a 15,4%.

“No caso dos produtos alimentícios, a queda na produção já pode ser reflexo da inflação mais alta”, explicou Claudia Pinelli.

Nos últimos 12 meses, período em que a produção industrial cresceu 11,1%, dos setores industriais pesquisados, apenas a fabricação de outros produtos químicos apresentou retração, 1,3%.

A produção na indústria extrativa cresceu 8,7% e a de transformação 11,7%. Dentre os setores, o maior avanço foi verificado na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com variação positiva de 57,7%. Resultado expressivo também na fabricação de máquinas e equipamentos, 28,1%. A fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos aumentou 20,5% no período. No acumulado dos últimos 12 meses, a fabricação de produtos têxteis cresceu 24,7%.

Junho 

Na comparação de junho com igual mês de 2020, a alta da indústria geral é de 23,1%. No período, a indústria extrativa cresceu 22,8% e a de transformação 23,2%.

“É importante ressaltar que o crescimento em junho foi sobre uma base de comparação fraca. Já que em junho de 2020 os impactos da pandemia de Covid-19 eram maiores que os enfrentados agora e afetavam de forma mais grave a produção industrial”.

Dentre os segmentos da indústria que cresceram estão fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 121%, fabricação de máquinas e equipamentos (102,2%), fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (61,9%), metalurgia (50,1%) e fabricação de produtos têxteis (45,6%).

No intervalo, apenas a fabricação de produtos alimentícios caiu, 4,6%.

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