Boletim da Liberdade
O deputado federal Vinicius Poit (NOVO/SP) assumiu no início do ano a liderança da bancada de oito deputados federais do NOVO na Câmara. Menos de dois meses após o novo desafio, o parlamentar se viu diante a decisão do diretório nacional da sigla determinando que a partido passasse a ser oficialmente oposição ao governo Bolsonaro.
Na avaliação de Poit, “parece que o Executivo tem outras prioridades” e defendeu “uma nova opção” fora do petismo e do bolsonarismo para as próximas eleições.
Boletim da Liberdade: Quais as metas que você espera alcançar durante o período de sua liderança, no NOVO?
Vinicius Poit: Nós queremos aumentar o protagonismo do NOVO na Câmara e reforçar nossa postura de diálogo. Isso com o objetivo de ganhar espaço dentro da Casa para aprovar bons projetos, impactando positivamente a vida do cidadão. Do combate efetivo contra a corrupção até a geração de empregos. É esse o caminho que a política precisa passar a seguir: o do diálogo, que fortalece a democracia e foca no bem do cidadão.
Boletim da Liberdade: O NOVO divulgou uma diretriz da Executiva Nacional oficializando a posição da sigla como de oposição ao governo Bolsonaro. A bancada na Câmara dos Deputados também fez uma nota dizendo que o partido, na Casa, seguiria independente. Afinal é oposição ou segue independente?
Vinicius Poit: A posição do NOVO sempre foi de independência. Apoiamos as pautas que vão ao encontro dos nossos princípios e valores. Combatemos tudo que vai contra o que acreditamos não ser benéfico para a população. A postura da bancada não vai mudar. Não temos resistência alguma em nos opormos aos absurdos do governo, mas precisamos apoiar pautas positivas, como a Reforma Tributária, a BR do Mar, a Lei do Gás… Resumindo: a bancada do NOVO é a favor do Brasil.
Boletim da Liberdade: Em 2019, houve um esforço muito grande para que a reforma da Previdência fosse aprovada. Existe uma expectativa real para em 2021 ser aprovada outra reforma? Falam muito sobre a tributária…
Vinicius Poit: A agenda de reforma é muito dependente do governo federal e parece que o Executivo tem outras prioridades. Nós entendemos que, hoje, as prioridades deveriam ser a reforma tributária e a administrativa, mas elas estão paradas desde 2019. A administrativa deve ser votada nos próximos 2 ou 3 meses. Não acreditamos que deva vir algo robusto, mas sim desidratado. E a tributária tende a ser votada ainda este ano também. Vamos trabalhar para que elas tenham impacto real em curto, médio e longo prazo.
Boletim da Liberdade: Após a decisão do STF que anulou as condenações do ex-presidente Lula, como avalia as próximas eleições – não apenas na disputa à presidência mas, também, ao Legislativo?
Vinicius Poit: Precisamos de governantes que se comportem com responsabilidade perante os rumos da nação e não como se estivessem em um palanque eleitoral o tempo todo. Quem sai perdendo em toda história é o povo brasileiro e a democracia, que ficam limitados a duas opções de candidatos que não oferecem a mínima esperança de uma saída que não pertença a nenhum um dos extremos.
O nosso trabalho nesse momento precisa ser em uma opção que saia disso. Não podemos nos conformar com a existência de apenas dois lados: o petismo e o bolsonarismo. Precisamos trabalhar em uma nova opção, uma opção, que esteja alinhada com o caminho que o país precisa seguir neste momento: uma política preocupada com a recuperação do Brasil, com a saúde, com rumos da economia e da geração de empregos no país, não com medidas populistas que visam somente a reeleição.
Boletim da Liberdade: Há poucas semanas, foi aprovado no Senado o Marco Legal das Startups, que você relatou na Câmara. Como avalia que essa pauta poderá ajudar, futuramente, os empreendedores brasileiros e qual a sua urgência?
Vinicius Poit: O projeto irá voltar para a Câmara, nós já trabalhamos nas alterações feitas pelo Senado e queremos votá-lo o mais rápido possível. Vai movimentar um mercado que está em plena ascensão no Brasil, que são as startups. Um mercado que gera empregos e traz soluções inovadoras que impactam diretamente o dia a dia das pessoas.
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