Partido NOVO
Em documento enviado nesta segunda-feira, 29, ao tribunal, os parlamentares pedem que a manifestação seja feita no âmbito do processo que acompanha as alterações orçamentárias e impactos fiscais decorrentes das medidas de enfrentamento à crise da Covid-19, relatado pelo ministro Bruno Dantas. Eles argumentam que o projeto aprovado “não reconhece como prioritárias as ações de promoção da saúde pública, tampouco de medidas relacionadas ao enfrentamento e contenção da pandemia do coronavírus”.
O líder da bancada do NOVO na Câmara, deputado Vinicius Poit, afirma que a medida é necessária para garantir o funcionamento da máquina pública, que corre o risco de parar. “O governo foi irresponsável nas contas e na votação, pois a proposta foi aprovada com apoio da base governista”, criticou.
A bancada do NOVO fez o primeiro alerta do risco de se aprovar um orçamento fictício no dia da votação, 25 de março, quando apresentou destaque para manter o artigo do PLOA que concedia autorização ao Poder Executivo para remanejar despesas dentro de certos limites. “Ao condicionar esses remanejamentos à anuência do relator do Orçamento, o Poder Executivo fica engessado num cenário de pandemia que demanda agilidade na resposta aos efeitos econômicos e sociais da crise que vivemos”, disse Poit.
Segundo ele, além de vetar a proposta anterior, o presidente Jair Bolsonaro deverá enviar um Projeto de Lei para alterar o orçamento aprovado, provavelmente cancelando algumas emendas para repor as obrigatórias
Os signatários do documento reforçam que o orçamento é o meio pelo qual as políticas públicas são financiadas e implementadas e, com o agravamento da crise sanitária no Brasil, e sem regras orçamentárias que flexibilizam as regras fiscais, as despesas para o combate dos efeitos econômicos e sociais da pandemia terão que cumprir o teto de gastos e as metas fiscais estabelecidos para o exercício de 2021. O montante pode ser insuficiente para o enfrentamento da pandemia e o ignorar o teto de gastos resultará em crime de responsabilidade fiscal.
Assinam a representação: os deputados federais da bancada do NOVO, Vinicius Poit (SP), Alexis Fonteyne (SP), Gilson Marques (SC), Adriana Ventura (SP), Lucas Gonzalez (MG), Marcel van Hattem (RS), Paulo Ganime (RJ), Tiago Mitraud (MG); Rodrigo Maia (DEM-RJ); Felipe Rigoni (PSB – ES); Junior Bozzella (PSL – SP); Fábio Trad (PSD – MS); Alexandre Frota (PSDB – SP); Professor Israel Batista (PV – DF); Rodrigo Agostinho (PSB – SP); Idilvan Alencar (PDT-CE); Enrico Misasi (PV – SP); Tabata Amaral (PDT – SP); Paulo Teixeira (PT – SP); Júlio Delgado (PSB – MG); Kim Kataguiri (DEM-SP); e Felipe Carreras (PSB-PE); além do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
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