Guilherme da Cunha | Deputado Estadual (NOVO-MG)
Uma emenda de minha autoria foi aceita na PEC 52/2020, que estabelece níveis mínimos para os lagos de Furnas e de Peixoto. Minha emenda garante o abastecimento de água para pessoas, animais e lavouras na Bacia do Rio Grande, mesmo se o nível dos lagos estiver abaixo do mínimo estabelecido na PEC. Pelo texto original, o baixo nível dos lagos poderia interromper o abastecimento até para consumo humano, gerando um risco absurdo para as populações que dependem dessa água.
Quando foi votado o texto original, fui o único deputado a votar contra, seja da bancada do NOVO ou de toda a ALMG. Sofri pesadas críticas e ataques, um enorme desgaste político e pessoal. A maior parte, aliás, vindos de pessoas que moram nas áreas que ficariam sujeitas ao risco de desabastecimento.
Não me intimidei nem desisti de tentar melhorar o projeto. Mesmo sabendo, pelo placar da votação em 1º turno, que a PEC seria aprovada de qualquer jeito, conversei com moradores e ativistas da região, com especialistas em gestão de recursos hídricos, em direito constitucional e com os colegas deputados, principalmente com os da região.
Apresentei emenda e hoje ela foi aceita, inclusive com voto favorável e agradecimento do autor da PEC. Não culpo os colegas deputados por eu ter ficado isolado em um primeiro momento. Duvido que desejassem o risco de desabastecimento, sendo mais provável que apenas não tenham percebido essa falha na redação original. Sinto que atentar para esses detalhes é parte da razão pela qual 24.792 mineiros me escolheram para estar na ALMG, e pretendo honrar essa escolha sempre, não importando o desgaste.
Obrigado a todos que me ajudaram a elaborar o texto da emenda e aos deputados que, mesmo em posição vencedora já consolidada, se mantiveram abertos à troca de ideias e à busca de melhorias. Vamos dialogar sempre. Vamos tentar melhorar cada projeto. Vamos honrar a confiança dos mineiros em nós.
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