Por Pedro Augusto Figueiredo | O Tempo
Os serviços na área de saúde ofertados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) à população não são prejudicados pela falta de recursos, mas sim pela má gestão da estrutura existente. A avaliação é feita pelo pelo candidato a prefeito da capital, Rodrigo Paiva (Novo).
Candidato a prefeito de Belo Horizonte, Rodrigo Paiva (Novo) propõe usar inteligência artificial para fazer pré-triagem | Uarlen Valério |
Para melhorar a qualidade e a rapidez do serviço prestado, ele propõe investir em telemedicina, digitalizar o sistema de prontuários e realizar parcerias com a iniciativa privada para diminuir o tempo de espera para consultas com especialistas. Uma proposta é que a prefeitura agende as consultas em horários vagos ou à noite.
“A gente quer colocar na palma da mão do cidadão uma forma de ele ser atendido com qualidade e segurança de forma digital e na sequência, se ele tiver que se deslocar a uma das unidades de saúde, que ele seja atendido também com qualidade. Vamos criar indicadores para monitorar esse tempo de atendimento e vamos tornar isso público e transparente”, afirma Rodrigo Paiva.
A ideia dele é criar um aplicativo onde as pessoas possam marcar consultas, mas também serem atendidas de forma virtual. “A primeira consulta na área médica é muito importante que seja feita de forma presencial. Mas depois é viável que o telemonitoramento seja feito remotamente”, explica.
Outra proposta para a área é a integração digital dos dados da rede pública municipal de saúde, o que permitirá a criação do prontuário eletrônico, onde o médico terá acesso a todos os exames já feitos pelo paciente.
Paiva acrescenta ainda que pretende implantar um sistema de pré-triagem, onde as pessoas informam os sintomas que têm e são aconselhadas, com a ajuda de inteligência artificial, a ir a determinado hospital ou realizar uma consulta com um médico especialista, por exemplo.
Segundo o candidato do Novo, esse sistema foi implantado com sucesso pelo governo estadual de Minas Gerais e também é uma realidade na iniciativa privada.
Coronavírus: PBH não fez dever de casa, afirma candidato
Rodrigo Paiva (Novo) avalia que Belo Horizonte e Minas Gerais fecharam o comércio e outras atividades na hora certa, mas que a prefeitura da capital mineira não fez o dever de casa e não aumentou o número de leitos de UTI na quantidade necessária para permitir a reabertura das atividades.
“Tanto é que para abrir a cidade o prefeito descobriu depois de cinco meses que nós tínhamos quase 50% da população de Belo Horizonte com plano de saúde. E aí ele passou a contabilizar as UTIs dos hospitais particulares naquele cálculo. Isso é um absurdo. A gestão da pandemia foi absurda. Causou um efeito colateral enorme, com 11 mil empresas fechadas e 75 mil empregos perdidos”, disse.
A Prefeitura de Belo Horizonte decide quais atividades econômicas podem ser retomadas com base na velocidade da transmissão do novo coronavírus, na taxa de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria. No início de agosto, foi anunciado que os leitos e as taxas de ocupação de hospitais privados entrariam no cálculo.
Outra crítica feita por Paiva é em relação à ausência de diálogo, seja com os comerciantes, com o governo de Minas Gerais ou com os demais municípios da região metropolitana.
“A Prefeitura de Belo Horizonte, em vez de unir forças contra o inimigo comum que é o Covid, se isolou”, disse. “ Belo Horizonte faz parte da região metropolitana. É uma área conurbada. Estamos todos juntos. Então a gente deveria ter atuado de forma conjunta”, completou, mencionando que várias cidades vizinhas à capital aderiram ao programa Minas Consciente, do governo estadual, que estabeleceu parâmetros para a retomada das atividades.
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