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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Inovação no setor químico é tema do seminário virtual da FPBioeconomia

O tema “Bioquímicos e biomateriais: inovações tecnológicas para a geração de soluções de baixo carbono” foi tratado no seminário virtual promovido pela Frente Parlamentar Mista pela Inovação da Bioeconomia (FPBioeconomia), nesta quarta-feira,10.

Paulo Ganime | Deputado Federal (NOVO-RJ)

O evento contou com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes. Foram apresentados, também, os resultados do trabalho feito pelo grupo entre junho e dezembro de 2019, além de palestras de instituições atuantes no setor, como a Braskem e o Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR).

Inovação no setor químico é tema do seminário virtual da FPBioeconomia – Paulo Ganime
Deputado Federal Paulo Ganime (NOVO-RJ) | Divulgação

O Ministro comentou, no encontro, como o Brasil é um país que tem riquezas diversas e um enorme potencial para uma produção mais sustentável. Afirmou, ainda, que é possível unir o desenvolvimento socioeconômico com o ecossistêmico. “Nós temos diversos biomas e um potencial grande de desenvolvimento sustentável para fármacos e cosméticos. Precisamos colocar em prática, mas temos um grande ‘gap’ entre o conhecimento científico e a inovação. É preciso melhorar a economia circular para crescer em outras vertentes”, afirmou Pontes.

Ainda no Seminário Virtual, o até então presidente da Frente Parlamentar, o deputado Paulo Ganime (NOVO-RJ), passou oficialmente a presidência da FPBioeconomia para o colega de bancada, o deputado federal, Alexis Fonteyne (NOVO-SP). “Passo o bastão da presidência para o Alexis, mas continuo na Frente agora como vice-presidente. Vocês estarão em ótimas mãos, com o Alexis”, afirmou Ganime.

O presidente da ABBI (Associação Brasileira de Bioinovação), Thiago Falda, ressaltou as qualidades únicas do Brasil neste quesito e reiterou a necessidade de políticas públicas para o segmento. “Os investimentos e as políticas públicas precisam ser mais bem direcionados para aquilo que o país tem vocação, pois nós temos a maior biodiversidade do mundo e a biomassa no melhor preço encontrado no mercado.”

Ao debater sobre o desenvolvimento sustentável da Braskem e os impactos que estão promovendo no setor de biomateriais, Mateus Lopes, gerente global de inovação e desenvolvimento de negócios na área de químicos renováveis da empresa discorre sobre a emissão de CO2.“Temos um grande desafio ambiental e tecnológico a percorrer. Vários países já estão investindo e o Brasil precisa também investir em tecnologia para que a gente consiga em um futuro próximo alimentar e viver usando menos CO2 do que agora.”

Lopes reforçou ainda que “um exemplo é a substituição do polietileno, polímero sintético, por polietileno verde, obtido a partir do etanol. A fabricação de uma tonelada do polietileno verde polpa 3 toneladas de CO2 em relação ao polímero sintético e ainda conta com tecnologia de captura de CO2, poupando ainda mais 1,8 toneladas de CO2 para cada tonelada fabricada, totalizando 4,8 toneladas de CO2 a menos.”, explicou.

Para Eduardo Couto, diretor do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, o caminho certo para estar em voga nesse tema é “pesquisa, desenvolvimento, ciência e tecnologia. Isso vai fazer com o que nós consigamos o protagonismo mundial.”, declarou Couto.

Como forma de possibilitar desenvolvimento econômico sustentável e inovador para o Brasil, a Frente Parlamentar Mista pela Inovação na Bioeconomia vai seguir com novos eventos, sejam seminários, cafés, cursos, sempre visando promover novas atividades, disseminar conhecimento sobre o tema e melhorar a realidade do setor.

Lembrando que o seminário foi transmitido pelo canal da Câmara dos Deputados no Youtube.

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