A prefeitura de Belo Horizonte mandou para a Câmara Municipal mais um projeto com o objetivo de obter autorização para contrair empréstimos, desta vez, para as obras de drenagem do córrego Vilarinho - e também dos córregos do Nado e Isidoro.
Mateus Simões | Hoje em Dia
O projeto de lei fala em empréstimo de US$ 85 milhões, ou seja, mais de R$ 300 milhões - no entanto, não indica prazo de pagamento, juros ou outras condições contratuais específicas.
O projeto de lei fala em empréstimo de US$ 85 milhões, ou seja, mais de R$ 300 milhões - no entanto, não indica prazo de pagamento, juros ou outras condições contratuais específicas.
Pior: o volume da autorização solicitada parece considerar a realização das obras de drenagem por dutos, que já foi considerada inadequada por várias entidades técnicas. Os estudos afirmam categoricamente: a obra apenas deslocaria a enchente para outro ponto da cidade, colocando em risco a vida de outras pessoas. É aceitável o gasto de tanto dinheiro público com esse grau de dúvida e amadorismo?
O mínimo de planejamento é uma questão de responsabilidade não apenas com o dinheiro de quem trabalha para pagar os impostos à cidade de Belo Horizonte, mas de consideração pelas vidas que já se perderam pela falta de estrutura de drenagem adequada. Não é viável colocar mais vidas em risco para mais ações populistas, sendo central que a prefeitura apresente uma solução técnica adequada e completa para os problemas de drenagem que afligem não apenas quem passa pela Vilarinho, mas em mais de 80 pontos de alagamento mapeados pela própria prefeitura.
Reconhecendo que esclarecimentos precisam ser prestados, o líder de governo, vereador Léo Burguês, acabou recuando e retirando temporariamente de pauta o projeto, afirmando que as informações complementares solicitadas pelos vereadores serão fornecidas. Resta esperar que não seja apenas um adiamento do problema.
É bom lembrar que a prefeitura já obteve outras duas autorizações recentes - no fim do ano passado - para empréstimos, que já totalizam mais de R$ 1 bilhão. Não costumo me opor à lógica de levantar financiamentos para obras de infraestrutura na cidade, mas é inconcebível que o prefeito Alexandre Kalil pretenda levantar recursos sem prestar nenhum tipo de esclarecimento ou oferecer um mínimo de segurança técnica com relação às obras que pretende contratar com esses recursos.
Como dinheiro não nasce em árvore e tudo o que o governo gasta ele arranca, mais cedo ou mais tarde, de quem vive para pagar impostos, espero ser surpreendido por informações precisas e tecnicamente embasadas na próxima vez que o prefeito for pedir autorização para endividar ainda mais o município. A conferir.
O mínimo de planejamento é uma questão de responsabilidade não apenas com o dinheiro de quem trabalha para pagar os impostos à cidade de Belo Horizonte, mas de consideração pelas vidas que já se perderam pela falta de estrutura de drenagem adequada. Não é viável colocar mais vidas em risco para mais ações populistas, sendo central que a prefeitura apresente uma solução técnica adequada e completa para os problemas de drenagem que afligem não apenas quem passa pela Vilarinho, mas em mais de 80 pontos de alagamento mapeados pela própria prefeitura.
Reconhecendo que esclarecimentos precisam ser prestados, o líder de governo, vereador Léo Burguês, acabou recuando e retirando temporariamente de pauta o projeto, afirmando que as informações complementares solicitadas pelos vereadores serão fornecidas. Resta esperar que não seja apenas um adiamento do problema.
É bom lembrar que a prefeitura já obteve outras duas autorizações recentes - no fim do ano passado - para empréstimos, que já totalizam mais de R$ 1 bilhão. Não costumo me opor à lógica de levantar financiamentos para obras de infraestrutura na cidade, mas é inconcebível que o prefeito Alexandre Kalil pretenda levantar recursos sem prestar nenhum tipo de esclarecimento ou oferecer um mínimo de segurança técnica com relação às obras que pretende contratar com esses recursos.
Como dinheiro não nasce em árvore e tudo o que o governo gasta ele arranca, mais cedo ou mais tarde, de quem vive para pagar impostos, espero ser surpreendido por informações precisas e tecnicamente embasadas na próxima vez que o prefeito for pedir autorização para endividar ainda mais o município. A conferir.
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