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segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ricos contra pobres: o populismo que se instalou em Belo Horizonte

O prefeito aderiu abertamente ao discurso lulopetista


Mateus Simões | O Tempo

Em toda parte, da Argentina peronista à Venezuela chavista, o caminho para governar pelo populismo político se baseia na divisão da sociedade, para que, em meio à balbúrdia, os populistas possam governar pelo enfraquecimento da população. 

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Foto: Duke

Ideologicamente, vimos os piores líderes políticos do mundo tentando governar com base nessa premissa de que um povo dividido é mais facilmente controlado: nacionais contra estrangeiros, brancos contra negros, trabalhadores contra empregadores…

A forma mais fácil de dividir a população, no entanto, é certamente o apelo à ideia dos ricos contra os pobres. É que esse é um discurso fácil de “colar”, primeiro porque os mais pobres são a maioria da população, infelizmente; em segundo lugar, porque anos de doutrinação petista consolidaram na cabeça de muitos a ideia de que o Brasil vive uma guerra silenciosa entre os que têm tudo e os que não têm nada.

Na semana passada, em uma entrevista coletiva sem perguntas (se é que existe entrevista sem perguntas), o prefeito de Belo Horizonte aderiu abertamente ao discurso lulopetista: os ricos querem destruir os pobres, e ele, defensor dos fracos e oprimidos, levantou-se contra os grandes empresários para garantir que isso não vai mais acontecer na capital... Pura hipocrisia!

Esqueceu-se de contar que os estudos feitos mostram três resultados do Plano Diretor que ele tanto defende: 1) os imóveis a serem construídos ficarão entre 30% e 40% mais caros na capital; 2) as casas e lotes atuais vão perder ao menos 30% do seu preço de venda; e 3) a construção civil sofrerá com sérios cortes de empregos na cidade. Isso é um problema para os mais ricos ou para os mais pobres, prefeito?

Com o plano, a prefeitura vai se apropriar dos imóveis das famílias de Belo Horizonte, obrigando-as a comprá-los dela, novamente, para que possam construir. Vai elitizar a cidade, expulsando quem não possa pagar mais caro para morar. Bom para quem?

No meio das várias bravatas que anunciou, o prefeito disse que todos os que estão contra o plano foram comprados e que tem “nome e sobrenome” dos envolvidos. Mas não quis dizer quem são. E avisou: “Não me provoquem…” Se for mentira, seria uma manipulação criminosa. Se for verdade, está chantageando os culpados, o que também seria uma manipulação criminosa. Há ainda uma terceira possibilidade: a de que seja apenas uma bravata irresponsável, de quem grita sem medir as consequências de suas palavras.

Fechou a sua fala arremessando contra a Fiemg, dizendo que ela foi comprada pelas mineradoras para defender seus interesses e que agora estaria tentando comprar a Câmara e a prefeitura. Disse que as entidades empresariais estão acostumadas a fazer isso – ele deve saber, já que foi empreiteiro de obra pública a vida toda, embora tenha quebrado.

Repetiu, algumas vezes, que a Câmara não está à venda… Bom saber, porque, pela frequência com que os vereadores da base são ameaçados de não receber “nem uma brita” se votarem contra o prefeito, alguém mais desavisado poderia imaginar que a prefeitura está comprando apoio com obras públicas.

Não sou vidente, mas posso apostar que vamos todos ser surpreendidos por um crescimento exponencial de obras públicas ao longo dos últimos meses deste ano e início do próximo. Esta é outra tática tradicional dos populistas: a de comprar os votos dos mais desavisados usando o dinheiro deles mesmos. Aguardemos os desdobramentos, com a minha torcida para que eu esteja errado.

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