Dois dos três parlamentares do partido foram favoráveis à emenda que retirava os jetons do texto original da reforma administrativa
Sávio Gabriel | O Tempo
A derrota imposta ao governador Romeu Zema (Novo) durante a aprovação do projeto da reforma administrativa, realizada anteontem na Assembleia Legislativa, foi chancelada, inclusive, por seus correligionários. Dois dos três deputados do Novo foram favoráveis à emenda que retirava os jetons do texto original. Apesar de a postura sinalizar uma falta de sintonia dentro do partido do governador, integrantes da base ouvidos por O TEMPO não veem problemas nas divergências para as articulações no Legislativo.
Deputado Bartô, do Novo, diz que seu partido é diferente dos demais | Reprodução/Internet |
Na ocasião, os deputados Bartô e Laura Serrano se posicionaram de maneira positiva à retirada dos jetons. Apenas o vice-líder do governo, Guilherme da Cunha, votou pela manutenção das remunerações extras.
“Eles têm um jeito (próprio). Não sei se seguem ideologia pessoal ou a cartilha do partido, que está acima das pessoas (filiados)”, afirmou Fernando Pacheco (PHS). “Não sei se é questão do regimento do partido ou se foi algo ligado à situação do momento”, acrescentou.
Na avaliação de Roberto Andrade (PSB), os parlamentares do Novo têm uma concepção diferente da política: “A percepção que eu tenho é que eles têm uma linha de atuação em que, quando algo vai de encontro ao que o Novo prega, eles votam contra”. No entanto, o deputado afirmou que o bloco governista precisará demonstrar maior coesão em votações futuras. “Quando tiver votações mais complexas que a da reforma administrativa, essa coisa (postura do Novo) tem que mudar. Quando tiver um projeto de ajuste fiscal, de renegociação da dívida, aí que a coisa vai ficar difícil. E se os deputados que estão dispostos a apoiar o governo não tiverem união e cederem em alguma coisa, vai ser complicado (aprovar)”, afirmou.
O deputado Bartô disse que o Partido Novo é diferente de outras legendas. “Não funcionamos como os outros, onde uma cabeça manda e outras vão atrás. Há um forte alinhamento com os valores do partido e que são seguidos”. Ele reforçou que a postura não significa que o governo não possa contar com o próprio partido na ALMG. A reportagem não havia conseguido contato com a deputada Laura Serrano até o fechamento desta edição.
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