Iluminação pública: a economia vai chegar ao bolso

A PPP da iluminação pública em BH é um dos projetos mais bem sucedidos da ultima administração municipal, ao lado da PPP da educação infantil (não por coincidência dois exemplos em que o serviço melhorou por deixar de ser prestado pela prefeitura).

Mateus Simões | Hoje em Dia

Esse mês, chegou à câmara municipal um projeto de lei para repassar à população parte da economia gerada pela troca da iluminação da capital por lâmpadas LED, o que já representou a possibilidade de redução de 10% na taxa de iluminação pública, apesar de a substituição ainda estar na casa de 40% da área do município. Aliás, pedi à prefeitura que confirme se a economia final chegará mesmo a 25%, para que já possamos ajustar o texto da lei para prever que toda a economia seja repassada para a população, já que não faz sentido permitir que a prefeitura faça caixa com esse dinheiro.

Vereador em Belo Horizonte Mateus Simões (NOVO-MG)

O que impressiona, no entanto, não é apenas a economia gerada, mas também a qualidade da iluminação, que foi estudada em termos de potência e cor, a velocidade com que lâmpadas queimadas são identificadas e trocadas e a possibilidade de integração de outros serviços com a rede de iluminação, a partir da chamada smart grid, com agregação de inteligência ao monitoramento e gestão da rede, que pode ser incrementada para contemplar câmeras, pontos de wi-fi e sensores dos mais variados. O céu é o limite, em termos de tecnologias acopláveis ao novo sistema elétrico que começou a iluminar a cidade.

Os efeitos são evidentes, por exemplo, na segurança, já que há uma evidente relação entre insegurança e falta de iluminação, com manchas de violência sempre associadas a falta de cobertura.

O mais impressionante, contudo, em minha opinião, é que tudo isso ocorre acompanhado da redução do custo do serviço para o consumidor final e o motivo é claro: o Poder Público é péssimo gestor e péssimo executor.

É boa a notícia de que, com a implantação e gestão da nova iluminação pública de BH, a economia vá finalmente chegar ao cidadão com a redução do valor da taxa de iluminação pública cobrada. Temos apenas de garantir que a economia seja repassada por inteiro.

Se a prefeitura anunciou, no início do contrato, que a economia seria de 25%, por qual razão conceder apenas 10% de desconto no valor da taxa? Se a economia será escalonada, dependendo da progressão da instalação da nova tecnologia, basta também escalonar o benefício ao pagador de impostos.

Ao final, mais uma vez, o que se percebe é que podemos caminhar na direção de serviços públicos melhores se o governo se limitar a fazer o que é essencial, segurança, saúde e educação. Melhor, o preço também tende a ser mais baixo, com menos espaço para corrupção e desperdício!

Polo NOVO Laranja (Masculina)