Agência Minas
A rede pública estadual de Minas, mesmo em retomada das atividades presenciais com o ensino híbrido, segue em constante ação de busca ativa de alunos que, eventualmente, se distanciam do ambiente de ensino.
Com o empenho dos gestores escolares, professores e equipe das escolas, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) tem sempre desenvolvido campanhas para evitar que os estudantes deixem de participar das atividades remotas, fiquem infrequentes e abandonem os estudos.
Ação ampliada
Na campanha de Busca Ativa conduzida em maio e junho, por exemplo, 45.144 estudantes foram localizados por suas escolas e retomaram as atividades. Destes, 37.891 não haviam recebido o primeiro volume do Plano de Estudo Tutorado (PET) e foram localizados para receber o PET 2 corretamente. Além disso, outros 7.253 não tinham feito a matrícula para este ano letivo e retornaram para a rede estadual. O número é maior que o do ano passado, quando 30 mil alunos voltaram à rotina escolar.
Tudo isso graças a um acompanhamento sistêmico, em que as escolas estaduais intensificaram as ações direcionadas de Busca Ativa dos alunos que não estavam participando ativamente das atividades remotas, com estratégias como ligações para as famílias e estudantes, envio de mensagens por aplicativo e até mesmo visitas às residências dos alunos, sempre com os cuidados sanitários necessários.
De acordo com o subsecretário de Articulação Educacional da SEE/MG, Igor de Alvarenga, a estratégia de garantir que ninguém abandone os estudos é uma preocupação constante e que tem nas gestões escolares seu principal braço de atuação.
“As ações de busca ativa realizadas nas escolas da rede estadual são uma forma muito importante de garantir que os alunos não percam o vínculo com a unidade de ensino e com o aprendizado. Elas continuaram a ocorrer graças ao esforço dos diretores e professores das escolas, que tem se empenhado cada vez mais para que ninguém fique para trás. O acompanhamento fino feito pelas escolas garantiu que muitos alunos voltassem ao ambiente de ensino e a retomarem suas matrículas”, afirmou.
Retomada
Conquista de ações de busca ativa é a retomada de Beatriz Prudêncio, de 15 anos, aluna do primeiro ano do ensino médio da Escola Estadual Francisco Tibúrcio de Oliveira, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela teve dificuldades iniciais de adaptação ao Regime de Estudo não Presencial e, apesar de ter todos os equipamentos necessários para acompanhar os estudos como celular, computador e internet em casa, no momento da interação com os colegas e professores nas atividades remotas a coisa não fluiu como gostaria.
“Eu tive muita dificuldade no começo. Eu nunca fui muito de tecnologia, por isso foi bastante difícil”, revelou.
A estudante disse ainda que sempre gostou de estudar e teve uma relação próxima com os professores. Foi o que a ajudou a voltar. “A Zilma (diretora da escola) me ligou, fez contato comigo. Foram me explicando como estava funcionado. Eu fui pegando o ritmo e agora já estou adaptada”. Beatriz agora está “super animada”, como contou, com o retorno das atividades presenciais no ano de escolaridade dela. “Saudades dos amigos da escola, dos professores. Bom demais voltar”, comemorou.
Atividades presenciais
O retorno das atividades presenciais em boa parte das escolas da rede estadual de Minas tem proporcionado aos alunos o ensino híbrido. Atualmente, estão autorizados o retorno de todos os anos de escolaridade nos municípios inseridos nas ondas amarela ou verde. Nas localidades em onda vermelha, apenas os anos iniciais do ensino fundamental - 1º ao 5º ano -, receberam a autorização. Tudo isso, desde que não exista decreto impeditivo por parte da prefeitura e seja da vontade das famílias.
A possibilidade da presença em sala de aula se junta às ferramentas já utilizadas durante o Regime de Estudo não Presencial: o site estudeemcasa.educacao.mg.gov.br, o aplicativo Conexão Escola 2.0, as teleaulas do Se Liga na Educação e a principal delas, os PETs.
Mesmo com a nova etapa, o material continua a ser o subsídio do conteúdo para os anos escolares e também para a contagem da carga horária dos estudantes, juntamente às atividades complementares desenvolvidas pelos professores.
Assim como no ano passado, para os estudantes que não têm acesso à internet, o PET é entregue impresso pela escola. A logística e a organização para a entrega são feitas pelos gestores escolares, de acordo com a realidade de cada comunidade, sempre respeitando as determinações da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com relação aos protocolos sanitários de prevenção e combate à covid-19.
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