Daniel José (NOVO-SP) | Deputado Estadual em São Paulo
Às vezes não percebemos isso… Mas eu estaria em um lugar muito diferente se não tivesse lutado para receber uma educação de qualidade. Essa luta envolveu muito sacrifício, algumas vezes até fome, e foi quando eu decidi que iria fazer o que pudesse, para que ninguém tivesse que passar pelas mesmas situações só para ter acesso à oportunidades.
Tenho refletido bastante sobre o rumo que estamos tomando enquanto nação... Muitas vezes me pego em momentos de nostalgia, relembrando minha infância e trajetória. Esse é um desses momentos. Mas ao mesmo tempo, olho para frente e reflito o quanto ainda posso contribuir para um futuro melhor para o nosso país.
Eu vim de uma família muito humilde, como a maior parte dos brasileiros. Minha mãe trabalhava como diarista para colocar comida em casa. Não tínhamos condições, porém nunca deixamos de lutar por oportunidades que estavam distantes da minha realidade. Tive que sair da minha cidade e até do meu país, para conseguir aprender e desenvolver habilidades que me preparassem para o hoje. Precisei da garra dos meus pais, que sempre sonharam com um futuro para mim e meus irmãos, mas principalmente, precisei da educação - essencial para me colocar diante de todas as oportunidades que tenho hoje.
É por isso que luto todos os dias para melhorarmos a educação no nosso país. Somente ela pode apresentar oportunidades.
Não é uma tarefa fácil… Todo dia me pergunto, até quando os nossos métodos não vão atender as necessidades das nossas crianças? Até quando vamos continuar insistindo em ações que já se provaram não trazer resultados?
Não podemos mais insistir em modelos disfuncionais.
Diante de toda essa reflexão, quero compartilhar com você, algumas conclusões e ideias - algumas, inclusive, apresentadas por mim como projeto de lei - que podem mudar a educação em nosso país:
1- ICMS EDUCACIONAL
Eu vim de uma família muito humilde, como a maior parte dos brasileiros. Minha mãe trabalhava como diarista para colocar comida em casa. Não tínhamos condições, porém nunca deixamos de lutar por oportunidades que estavam distantes da minha realidade. Tive que sair da minha cidade e até do meu país, para conseguir aprender e desenvolver habilidades que me preparassem para o hoje. Precisei da garra dos meus pais, que sempre sonharam com um futuro para mim e meus irmãos, mas principalmente, precisei da educação - essencial para me colocar diante de todas as oportunidades que tenho hoje.
É por isso que luto todos os dias para melhorarmos a educação no nosso país. Somente ela pode apresentar oportunidades.
Não é uma tarefa fácil… Todo dia me pergunto, até quando os nossos métodos não vão atender as necessidades das nossas crianças? Até quando vamos continuar insistindo em ações que já se provaram não trazer resultados?
Não podemos mais insistir em modelos disfuncionais.
Diante de toda essa reflexão, quero compartilhar com você, algumas conclusões e ideias - algumas, inclusive, apresentadas por mim como projeto de lei - que podem mudar a educação em nosso país:
1- ICMS EDUCACIONAL
Muda os critérios de repasse do ICMS para focar em educação através de incentivo as cidades que mostrarem um melhor desempenho.
As cidades que tiverem as melhores notas, evoluírem mais no aprendizado e tiverem menores índices de reprovação e abandono receberão mais recursos! Clica aqui para conferir o meu PL na íntegra.
2- PROJETO DAS OSs
As Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que, por meio de contrato de gestão, orientam suas atividades ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde.
Minha proposta foi incluir a atividade "ensino e pesquisa" nesse rol de atividades para que assim seja possível realizar parcerias entre Organizações Sociais e Estado. A educação necessita de iniciativas inovadoras e parcerias se quisermos de fato fazer com que São Paulo seja líder e referência para o país. Confira meu projeto sobre as OSs clicando aqui.
3- PAGAMENTO DE MENSALIDADES NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS
Por que não cobrar dos jovens que podem pagar para estudar na Universidade Pública? A cobrança é uma prática utilizada em vários lugares do mundo sem afetar aqueles que de fato não podem pagar. No atual modelo, os mais pobres estão pagando para que os mais ricos estudem "de graça" nas universidades públicas.
4- APROXIMAÇÃO DE EMPRESAS E DEPARTAMENTOS DE PESQUISA
É de grande interesse das empresas serem líderes em pesquisa e tecnologia. Nada melhor que as Universidades para auxiliarem nessa missão. Entretanto, a burocracia estatal brasileira afasta o funcionamento pleno da parceria público-privada.
5- FORMAÇÃO PRÁTICA DOS PROFESSORES
Singapura é um exemplo na educação: primeira colocada no PISA e com métodos efetivos para o melhor aprendizado dos alunos. Por lá, o curso de pedagogia é muito mais prático do que teórico.
Vale ressaltar que a prática é de extrema importância, pois fomenta a autonomia necessária para que o professor possa lidar com a realidade da sala de aula e dos alunos.
6- MAIS AVALIAÇÕES PARA MEDIR O APRENDIZADO DOS ALUNOS
Atualmente, as escolas realizam o exame do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino, porém este exame é realizado de dois em dois anos.
Minha visão é que as avaliações devem ser constantes para que a escola possa entender suas falhas e criar estratégias imediatas de acordo com a realidade de cada aluno, para proporcionar uma melhor qualidade da aprendizagem.
7- REFORMULAÇÃO DA CARREIRA DOS PROFESSORES E DIRETORES
74% dos municípios escolhem diretores de escola por critérios políticos. Bons professores não são reconhecidos e, aos poucos, vão desanimando, se tornando apenas medianos. Isso precisa mudar por meio de uma reforma ampla das 2 funções com incentivos e reconhecimento por bom desempenho e contratação por competência.
8- ESCOLAS CHARTERS
Conhecidas no Brasil como "escolas conveniadas", as chartes são escolas públicas administradas pela iniciativa privada, que possuem contratos com o poder público e devem entregar bons resultados. É uma forma de oferecer uma boa escola para crianças e adolescentes que não poderiam pagar por este tipo de ensino. Há excelentes resultados em outros países, quando há clareza nos indicadores e resultados esperados. Por que não fazer por aqui?
A persistência dos meus pais pela minha educação e dos meus irmãos foi inspiradora, mas não podemos assumir que isso vai acontecer em toda família brasileira.
O Brasil precisa ser transformado em um país com mais igualdade de oportunidades. Quantas gerações mais deixaremos ao acaso e dependentes da sorte para ter um futuro digno?
Continuo aqui, buscando fazer o que acredito ser o melhor para a educação… Não quero que daqui a 40, 50 ou 60 anos, outro jovem deputado com o sonho de transformar a educação faça outro texto como esse.
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