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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Exportações do agronegócio mineiro têm avanço de 20,5% no primeiro semestre

A demanda mundial por alimentos aquecida tem contribuído para o aumento das exportações do agronegócio de Minas Gerais. Ao longo do primeiro semestre de 2021, os embarques movimentaram uma receita 20,5% maior que no mesmo período do ano anterior, chegando a um montante de US$ 5,13 bilhões.

Por Michelle Valverde | Diário do Comércio

Em relação ao volume exportado, a alta foi de 1,6%, somando 6,6 milhões de toneladas. Entre os principais destaques estão o café, a soja e o grupo das carnes. Os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Com receita de US 2,1 bilhões, os embarques de café de Minas cresceram 20,9% | Crédito: Amanda Perobelli/Reuters

Ao longo do primeiro semestre de 2021, as exportações do agronegócio representaram 27,8% da receita total dos embarques feitos por Minas Gerais, que foi de US$ 18,4 bilhões.

“Estamos registrando um resultado excepcional. Em seis meses, as exportações do agronegócio chegaram a US$ 5,13 bilhões. Caso este valor se mantenha nos próximos seis meses será histórico e poderemos bater o recorde que foi alcançado em 2011, quando as exportações movimentaram US$ 9,37 bilhões. Já estamos registrando uma alta na receita de 20,5%, o que é muito bom”, explicou o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez.

Com o resultado, entre janeiro e junho, foi gerado um saldo na balança do agronegócio de US$ 4,6 bilhões, avanço de 18,4% frente ao mesmo período do ano anterior. As importações do setor movimentaram US$ 485,2 milhões, valor que ficou 45,6% maior que no primeiro semestre de 2020. Em volume, as importações chegaram a 470,2 mil toneladas, variação positiva de 22,8%.

No período, devido à alta demanda e ao dólar valorizado, o valor médio da tonelada cresceu 18,5%, saindo de US$ 870,49 para US$ 1.031,88. “As commodities em geral estão valorizadas, resultado da recuperação econômica em várias partes do mundo e do avanço da vacinação contra a Covid-19”, destacou.

Café puxa a fila


De janeiro a junho, entre os produtos embarcados, o café respondeu pela maior parte das exportações: 40,95%. O grão apresentou alta de 20,9% na receita gerada com os embarques, movimentando US$ 2,1 bilhões. Ao todo, foram exportadas 750,6 mil toneladas de café, alta de 19,5%.

O segundo destaque foi o complexo soja, que respondeu por 28,82% das exportações do setor. No período, houve crescimento de 19,9% na receita gerada com os embarques, que totalizou US$ 1,47 bilhão. O volume ainda está inferior ao registrado em igual período do ano passado. Ao todo foram embarcadas 3,31 milhões de toneladas, 4,7% menor.

Além do dólar valorizado, o que estimula as exportações do complexo soja, a demanda maior gerou valorização do valor médio da tonelada. Enquanto a tonelada era negociada a US$ 355,13 no primeiro semestre de 2020, este ano o volume foi cotado a US$ 446,62, aumento de 25,7%.

“O bom resultado alcançado nos embarques do setor em Minas é reflexo das exportações de soja, principalmente. Houve um crescimento de quase 20% e o volume está menor que o do ano anterior. Os preços seguem valorizados e poderemos manter os resultados expressivos nos próximos meses”, disse João Ricardo Albanez.

Dentre os produtos do complexo soja, o destaque ficou com os embarques de soja em grãos, que cresceram 21,5% em receita, US$ 1,3 bilhão, com a exportação de 3,1 milhões de toneladas, queda de 3,7%.

Demanda por carnes segue aquecida

Resultado positivo também foi verificado na exportação do grupo de carnes no Estado, que respondeu por 10,27% dos embarques do setor. No grupo das carnes, foi verificado aumento de 12% no faturamento (US$ 527,4 milhões) e de 18,7% no volume, que somou 174,9 mil toneladas.

No período, os embarques de carne bovina cresceram 5,8% em valor, que ficou em US$ 378,7 milhões. Foram exportadas 83,2 mil toneladas, volume 1,3% maior que o exportado anteriormente.

A exportação de carne de frango cresceu 40,4% em receita, que alcançou US$ 121,3 milhões. O volume embarcado, 78,4 mil toneladas, subiu 51,7%.

“No grupo das carnes, a demanda segue aquecida, com destaque, principalmente, para os embarques de frango, que já acumulam alta de 40%”, disse o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez.

A comercialização de carne suína com o mercado externo somou 10,5 mil toneladas, queda de 5,8%. O faturamento aumentou 3,6%, encerrando o período em US$ 21,4 milhões.

Entre janeiro e junho, as exportações do complexo sucroalcooleiro subiram 17,8% em faturamento e 10,9% em volume, gerando uma receita de US$ 433,6 milhões e embarque de 1,4 milhão de toneladas.

Albanez destaca ainda o bom desempenho nas exportações de produtos florestais, com alta de 20,9% em receita (US$ 323 milhões), e dos embarques de rações para animais, que atingiram uma receita de US$ 40,4 milhões, alta de 32,3%.

Outro destaque são as exportações do setor lácteo. Entre janeiro e junho, houve um aumento de 50,4% na receita, US$ 14,7 milhões, e de 29,4% em volume, 5,1 mil toneladas.

“Este aumento nos embarques de lácteos é muito importante para Minas Gerais, que tem a maior produção de leite do País e um grande número de laticínios”, disse.

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