Por Michelle Valverde | Diário do Comércio
De acordo com os dados da Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais (SEF), a arrecadação total, com impostos e outras receitas, acumulou uma alta de 28,4% frente a igual período de 2020, com um montante de R$ 40,3 bilhões.
A arrecadação do governo do Estado somou R$ 40,3 bilhões no primeiro semestre | Crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG |
A arrecadação do principal imposto para o Estado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), aumentou 30,27% e alcançou a cifra de R$ 30,4 bilhões recolhidos entre janeiro e junho. No mês, a alta ficou em 10,69% se comparado com maio e 47,93% frente a junho do ano anterior.
Ao longo do primeiro semestre, somente com a receita tributária, o recolhimento em Minas Gerais atingiu R$ 38,2 bilhões, alta de 27,6% em relação ao montante registrado nos primeiros seis meses de 2020, quando o valor ficou em torno de R$ 29,9 bilhões. A arrecadação de tributos correspondeu a 94,7% do total do período, que foi de R$ 40,3 bilhões.
Utilizando somente os dados de junho, a arrecadação estadual total somou R$ 6,46 bilhões, o que representa um aumento de 46,8% frente a igual mês do ano anterior, quando o montante estava em R$ 4,40 bilhões. A receita tributária encerrou o sexto mês do ano em R$ 6,06 bilhões, crescimento de 45,9% frente a junho do ano anterior.
Alta também foi observada na comparação de junho com maio deste ano. Ao todo, a arrecadação estadual total cresceu 9,35%, uma vez que maio encerrou com um valor de R$ 5,9 bilhões.
Dentre os impostos, no primeiro semestre, a receita gerada com a cobrança do IPVA chegou a R$ 5,4 bilhões, representando uma elevação de 10,4% frente ao mesmo intervalo de 2020. No mês, a receita ficou em R$ 195,4 milhões, 9,56% menor que em maio e também 3,58% inferior a junho do ano anterior.
A cobrança de taxas movimentou R$ 212,1 milhões em junho, elevando para R$ 1,7 bilhão o valor do primeiro semestre. Em relação a junho de 2020, o avanço ficou em 30,15% e no semestre, em 30,57%.
Nas outras receitas, que incluem demais receitas, multas, juros e dívida ativa, a arrecadação somou R$ 2 bilhões entre janeiro e junho de 2021, aumento de 44,5% quando confrontado com o R$ 1,4 bilhão registrado em igual intervalo de 2020. As outras receitas movimentaram, em junho, R$ 398,8 milhões, valor 60,9% maior se comparado com junho de 2020.
Setores
Conforme os dados levantados pela SEF, em junho, a maior arrecadação veio da indústria, com o valor de R$ 2,9 bilhões e somando R$ 14,9 bilhões arrecadados no acumulado dos primeiros seis meses do ano.
No setor industrial, a produção de combustíveis foi o destaque, gerando uma arrecadação de R$ 1,06 bilhão em junho e de R$ 4,9 bilhões no primeiro semestre.
Destaque também para a indústria extrativa, cuja arrecadação chegou a R$ 279,4 milhões no sexto mês do ano, somando R$ 1,33 bilhão entre janeiro e junho. Na metalurgia básica o valor arrecadado em junho foi de R$ 278,7 milhões e no semestre de R$ 1,2 bilhão.
Outro importante setor na arrecadação estadual foi o comércio, responsável por um montante de R$ 8,8 bilhões no acumulado do ano, sendo o valor registrado em junho de R$1,5 bilhão.
Somente o comércio atacadista foi responsável por R$ 1 bilhão em junho e R$ 5,8 bilhões no acumulado do ano até o sexto mês. Outro destaque do setor do comércio foi o comércio varejista, com uma arrecadação mensal de R$ 292,9 milhões e no semestre de R$ 1,7 bilhão.
O recolhimento do setor de serviços ficou em R$ 6,2 bilhões no primeiro semestre: deste valor, R$ 991,9 milhões foram gerados em junho. A maior receita veio dos serviços de distribuição elétrica, R$ 439 milhões em junho e R$ 3 bilhões entre janeiro e junho.
Na agropecuária, a arrecadação no semestre ficou em R$ 157,5 milhões e, em junho, em R$ 30,4 milhões.
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