Agência Minas
O Centro de Artesanato Mineiro (Ceart-MG), em comemoração aos seus 52 anos de história no cenário cultural de Belo Horizonte, acaba de anunciar uma novidade: o lançamento de sua loja on-line, que já está disponível para os consumidores.
O Centro de Artesanato Mineiro (Ceart-MG), em comemoração aos seus 52 anos de história no cenário cultural de Belo Horizonte, acaba de anunciar uma novidade: o lançamento de sua loja on-line, que já está disponível para os consumidores.
Matheus Fonseca |
O e-commerce disponibiliza, no momento, cerca de 250 produtos cadastrados, de 20 diferentes artesãos individuais. O espaço conta também com entidades de apoio, sendo três núcleos de produções familiares e seis associações/cooperativas de profissionais.
A presidente do Centro de Artesanato Mineiro, Ivana Dantés, afirma que a ação é um grande avanço na trajetória da instituição. “Esse tipo de venda era um sonho para nós e, com a chegada da pandemia, a ferramenta se tornou indispensável”, comemora Ivana.
A iniciativa vai beneficiar, em média, 60 famílias dos municípios de Belo Horizonte, Betim, Caraí, Carmo do Rio Claro, Curvelo, Datas, Divinópolis, Lagoa Dourada, Maria da Fé, Pará de Minas, Ponte Nova, Prados, Santa Luzia, Sabará, Ponto dos Volantes, Sete Lagoas e Turmalina.
“Possibilitar a inclusão do artesanato mineiro em uma plataforma digital é fundamental para a autonomia e a geração de renda dos artesãos", destaca o superintendente de Potencialidades Regionais da Sede, Frederico Amaral.
Amaral comenta, ainda, as ações do Governo de Minas para valorização do setor econômico. "A pandemia acelerou os processos de digitalização e a classe de artesãos não pode estar de fora desse momento. A Carteira do Artesão já está disponível on-line e é com muita satisfação que apoiamos o desenvolvimento dessa ferramenta pelo Ceart, considerando toda a credibilidade e história dessa instituição”, acrescenta.
Produtos e oportunidades
A artesã Ana Júlia Araújo, do município de Pará de Minas, comemora a oportunidade de vender produtos para qualquer canto do país. “Esta é uma chance muito valiosa, pois será a primeira vez que participo de uma venda on-line. Estou com expectativa de grande visibilidade, aumento das vendas e de divulgação do meu trabalho”, avalia Ana Júlia.
Já Augusto Ribeiro, artesão de Santana do Araçuaí, distrito de Ponto dos Volantes, expõe seus produtos no Ceart-MG há alguns anos, por meio da Associação de Artesãos da sua comunidade. Porém, com a pandemia, as vendas da entidade caíram muito, devido às restrições de feiras e eventos de comercialização, principal meio de escoamento da produção dos artesãos do município.
“Estou muito feliz com a iniciativa. Nossa categoria precisava deste apoio, e com a ajuda do governo se tornou realidade. É um privilégio expor no Ceart-MG e saber que meus produtos poderão ser adquiridos por pessoas de muito longe”, sinaliza o artesão.
Projeto
A concretização do projeto de e-commerce foi possível devido ao patrocínio da Cemig, por meio do projeto de manutenção do Ceart-MG, aprovado pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, gerida pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), por meio da Diretoria de Artesanato.
O superintendente de Fomento Cultural, Economia Criativa e Gastronomia da Secult, Igor Arci, reforça que a secretaria percebe a potencialização do artesanato, segmento tão importante para o desenvolvimento econômico no estado. “Entendemos a importância dessa vanguarda como um grande exemplo para o consumo de cultura em nosso país”, afirma.
Christie Meira, gerente de Comunicação e Marketing da Cemig, destaca a importância da ação. “Para a Cemig, patrocinar o Centro de Artesanato Mineiro é reforçar o compromisso da companhia em incentivar e fomentar os meios da produção artística em todas as suas formas. E, neste caso, principalmente os artesãos tradicionais, que fazem a história de Minas Gerais e de suas tradições se projetarem pelas suas mãos”, diz.
Economia criativa
O artesanato é uma atividade que traduz a cultura de um povo por meio dos sentidos e das teias de significados que o constituem, guardando estreita relação com a tradição, os modos de vida e a identidade do local em que é produzido.
Como atividade econômica, ainda pode promover desenvolvimento e geração de renda para a comunidade que o produz. Tem, ainda, grande potencial no desenvolvimento do turismo criativo, por seu valor simbólico e cultural, gera ganhos para a comunidade que o produz e para o turista que, além do produto artesanal tangível, tem a possibilidade de vivenciar uma experiência de aprendizagem.
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