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sexta-feira, 7 de maio de 2021

Exames de pegadas colaboram na resolução de crimes em Minas Gerais

Análise pode ser determinante nas investigações

Agência Minas

Diversas são as técnicas usadas para investigação criminal, principal atividade da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). A papiloscopia (impressões digitais) é uma das mais conhecidas pelas pessoas, mas outro exame também é usado no laboratório da Seção Técnica de Papiloscopia e Modelagem (STPM) do Instituto de Criminalística (IC): a comparação de marcas de pegadas na identificação de autores de crimes.

A identificação de pegadas começa no local investigado - que deve permanecer preservado -, onde é possível identificar o suspeito ou mesmo obter um indício determinante nas investigações criminais. Além disso, é possível excluir ou diminuir as possibilidades de suspeitos.

O coordenador de Perícias, perito criminal Felipe Machado Dapieve, explica que as pegadas possibilitam o reconhecimento de indivíduos. “Os exames podem ser feitos tanto nas marcas de pés calçados ou descalços. Em um homicídio ocorrido em 2016, em Teófilo Otoni, por exemplo, a técnica contribuiu para a definição do autor do crime, pois foi identificado que o calçado encaminhado para exames foi o responsável pela marca deixada na porta do local do crime. Essa foi uma prova crucial para identificar a autoria do fato”, recorda.

Detalhes

Lilian Nádia Fantauzzi, perita criminal lotada na seção de Papiloscopia (STPM), acrescenta que “especificamente em relação a calçados, os desgastes dos solados, provocados pelo uso, por exemplo, são formados de forma aleatória e produzem detalhes de direções, formatos e tamanhos específicos que podem viabilizar a individualização de envolvidos em um crime”. Já para pegadas descalças prevalecem as características morfológicas e anatômicas dos pés, como tamanho, proporção e alterações ósseas.

Sendo assim, os exames de pegadas têm sido recorrentes no Instituto de Criminalística. “Pegadas são vestígios comuns em locais de crime. Por isso, a utilização dessa evidência é utilizada cada vez mais como prova pericial em nossos trabalhos. Às vezes, essa pode ser a única prova substancial para determinação de autoria em ações criminosas”, finaliza o perito.


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