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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Estado de Minas Gerais participa de estruturação da Rede Mineira de Queijos Artesanais

Presença em praticamente todos os tradicionais locais produtores vai possibilitar desenvolvimento de planos de ações regionalizados

Agência Minas

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) lidera, junto a diferentes instituições de pesquisa e de ensino do estado, o projeto de formatação da Rede Mineira de Queijos Artesanais. A proposta é racionalizar recursos e estrutura laboratorial para desenvolver soluções tecnológicas para a cadeia produtiva de queijos artesanais, atendendo produtores, associações, extensionistas e fiscais sanitários em demandas de agregação de valor e de garantia da segurança do alimento.

O modelo da rede de pesquisa é baseado na Rede de Morangos do Brasil, formalizada recentemente, com a participação de 11 instituições de pesquisa de quatro estados. “A secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Valentini, vislumbrou a possibilidade de uma rede semelhante, que poderia ser estruturada pela Epamig que tem larga experiência em pesquisas com queijos artesanais”, conta o pesquisador Daniel Arantes, coordenador do processo de estruturação da rede.

O pesquisador da Epamig enfatiza que, nesta etapa, as instituições têm apresentado estruturas, linhas de pesquisas e ações voltadas para a cadeia de queijos artesanais. Daniel Arantes ainda destaca que a formalização da rede é importante para garantir recursos para a integração e a realização de pesquisas por meio de editais de fomento e parcerias.

Participam dessa fase, além da Epamig, a Embrapa Gado de Leite, as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), Lavras (Ufla), Viçosa (UFV), São João del-Rei (UFSJ), Juiz de Fora (UFJF), Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e Uberlândia (UFU); os institutos federais, IF Sudeste Rio Pomba e IFMG Bambuí; a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e a PUC-Minas.

“Paralelamente, estamos em contato com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e com o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), responsável pela regulamentação dos queijos artesanais no estado. O objetivo é prospectar demandas para potencializar a difusão das tecnologias já geradas. Também estão sendo estruturadas comissões para organização de eventos técnico-científicos e de planos de capacitação para pesquisadores”, explica Daniel Arantes.

Os planos de trabalho serão definidos de forma participativa pelos membros da rede e pelos integrantes da cadeia produtiva. A presença em praticamente todos os tradicionais locais produtores vai possibilitar o desenvolvimento de planos de ações regionalizados.

“A ideia é que a Rede possa atuar em todo o estado, pois existe uma demanda crescente pelo reconhecimento e pela regulamentação da produção de queijos artesanais. Esse é um processo que se dará de forma local, já que as regiões estão em diferentes estágios. Acredito que, trabalhando assim, conseguiremos atender de forma mais direta as demandas mais imediatas”, conclui o pesquisador.

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