Tiago Mitraud | Hoje em Dia
Ao final, a cobrança foi permitida e a medida abriu espaço para atrair mais concorrentes para a redução no preço das passagens. Foi uma das raras vitórias da liberdade econômica no Brasil. Nada raros, entretanto, são episódios como os que vimos nos últimos dias.
Ao final, a cobrança foi permitida e a medida abriu espaço para atrair mais concorrentes para a redução no preço das passagens. Foi uma das raras vitórias da liberdade econômica no Brasil. Nada raros, entretanto, são episódios como os que vimos nos últimos dias.
O caso da churrascaria Fogo de Chão é ainda mais estarrecedor. Como inúmeras empresas, a churrascaria foi muito afetada pela pandemia, e se viu obrigada a demitir parte da equipe. O fez pagando tudo que a lei determina. Mas o Ministério Público do Trabalho não ficou satisfeito com o cumprimento da lei e ajuizou Ação Civil Pública na Justiça do Trabalho, que, por sua vez, decidiu condenar a empresa a pagar multa de R$17 milhões por “danos morais coletivos” e a reintegrar todos os funcionários demitidos. Segundo a juíza, a churrascaria é culpada por demitir seus funcionários sem dialogar suficientemente com representantes sindicais. Ainda proibiu a empresa de demitir mais de 10 funcionários por mês. De onde esse número foi tirado? Provavelmente do mesmo lugar de onde tirou todo o resto: do desconhecimento da realidade do empregador e do empregado brasileiros, além de noções básicas de economia.
Com frequência, Legislativo, Judiciário e Executivo se unem para dificultar a abertura e a sobrevivência de novos negócios no país. E, assim, cada dia mais brasileiros desistem de empreender. O custo da mentalidade intervencionista é muitas vezes invisível, mas enorme: menos empreendimentos, menos empregos, menos renda e mais pobreza. A história já cansou de nos mostrar isso. Infelizmente, estamos custando a aprender.
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