Por Juliana Siqueira | Diário do Comércio
A startup Nanonib – Nanotecnologia e Inovação em Nióbio recebeu do governo do Estado o certificado de Condições Técnico-Operacionais (CTO) e o alvará sanitário. Com isso, passará a produzir diversos itens de beleza, saúde e também para o agronegócio.
A Nanonib - Nanotecnologia e Inovação em Nióbio produzirá vários itens de beleza, saúde e para o agronegócio | Crédito: Glaucia Rodrigues |
O primeiro produto da empresa será um spray que protege as superfícies do novo coronavírus pelo período de um dia. Falta apenas o licenciamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o item comece a ser fabricado, em parceria com a Yeva Cosmétiques, localizada em Itaúna, no Centro-Oeste do Estado. Enquanto a startup produzirá o insumo que tem o nióbio em sua composição, a Yeva Cosmétiques fabricará o spray.
A novidade deverá ser comercializada por um valor entre R$ 35 e R$ 40 e as perspectivas são de que as vendas somem R$ 35 milhões no primeiro ano. As expectativas são de que as vendas tenham início já no mês de abril.
“Nós descobrimos uma forma de manipular o nióbio e transformá-lo em materiais avançados para diversas áreas”, conta o diretor-executivo da Nanonib, Joel Passos. Ele lembra que a empresa é composta por professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que pesquisam o produto há cerca de 15 anos, e também por grupos de investidores.
Nesse cenário de inovação, investimentos e estudos, as perspectivas são de que a startup lance somente neste ano cerca de sete a oito produtos, “totalmente disruptivos e inovadores”, afirma Passos.
Estão na lista de criações da empresa um creme que usa nanopartículas de nióbio para o tratamento da psoríase – trata-se de um cosmético, não de um medicamento – e um creme dental para clareamento.
A Nanonib, segundo Passos, também está fechando um acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que envolve um produto com aplicação no agronegócio, para a proteção das plantas contra fungos e bactérias.
“Estamos transformando o conhecimento acumulado na UFMG há mais de 15 anos. Queremos desmistificar o nióbio. Ele é consideravelmente abundante na terra, mas as minas de Minas Gerais são as mais fáceis do mundo”, diz ele.
A empresa já mira, inclusive, o mercado internacional e tem feito diversos contatos com outros locais. Segundo Passos, já há conversas com países como Japão, Itália e Estados Unidos.
A Nanonib – Nanotecnologia e Inovação em Nióbio foi criada em 2019 e tem uma nanofábrica no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BHTec).
O diretor-executivo Joel Passos conta ainda que uma das metas da empresa é expandir a sua capacidade de lançamento de produtos. “Nós podemos lançar antissépticos para desodorantes, para sabonetes íntimos”, destaca ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário