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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Vereador André Rodini (Novo) defende pautas liberais e voltadas ao meio ambiente

Em entrevista ao Portal Revide, Rodini discorre sobre as principais bandeiras da legenda e de seu primeiro mandato

Paulo Apolinário | Revide

Antes de ser eleito vereador em 2020, com 1.756 votos, André Rodini disputou outras quatro eleições, por dois partidos diferentes, o PV e o Podemos. Em 2012 e 2016 tentou para vereador e em 2014 e 2018 para deputado federal. A persistência foi recompensada ao ingressar no partido Novo e se tornar o primeiro vereador eleito por essa legenda, em Ribeirão Preto.

Vereador em Ribeirão Preto, André Rodini (NOVO-SP) | Foto: Luan Porto

André Elias Rodini Luiz, de 52 anos de idade. É formado em Direito pela Unaerp e tem pós-graduação em Gestão de Negócios focado em comércio exterior. Atua no mercado de exportações de embriões bovinos desde 1992. Rodini se considera um ambientalista com uma forte defesa da economia liberal e das liberdades individuais. Na Câmara Municipal dos Vereadores de Ribeirão Preto, o parlamentar encabeça projetos de desburocratização das leis municipais e de economia de recursos do legislativo.

Qual a posição do senhor sobre o fechamento de bares e restaurantes durante a Fase Vermelha do Plano São Paulo, em Ribeirão Preto?

RODINI:
Entendo que os bares e restaurantes devam permanecer abertos, respeitando o protocolo e distanciamento. É um setor muito importante para a economia de Ribeirão Preto, que tem sua base na prestação de serviços. Bares e restaurantes que cumprem a determinação não causam aglomeração e portanto o risco de contaminação é baixo, se comparado por exemplo com as festas realizadas em espaços rurais que estão se tornando cada vez mais atrativas a jovens que se aglomeram, muitas das vezes sem a proteção da máscara, que seria um mínimo exigido.

Uma das promessas de campanha do senhor é "vender ou extinguir autarquias municipais deficitárias, atualmente cabides de emprego sem função". De quais empresa estava falando? Como conseguirá articular maioria na Câmara e a aprovação do Executivo para isso?

RODINI:
Antes de se levar um projeto de lei extinguindo as empresas é preciso fazer o estudo de viabilidade econômica dessas empresas, é o que estamos fazendo. Estudando seus contratos com prestadores de serviços, empenhos de verba pública, fluxo de caixa e então, com os balanços nas planilhas, identificar a viabilidade econômica, capacidade de sanear com recursos próprios os possíveis balanços negativos, propor sua extinção diretamente ao prefeito inicialmente, ou em seguida aos colegas na Câmara Municipal por projeto de lei e em. Quanto ao convencimento, acredito que os próprios números possam falar por si.

Logo em seu primeiro ano como vereador, o senhor assumiu a vice-presidência da Comissão de Finanças da Câmara. Tendo em vista o cargo e as suas bandeiras de campanha, pretende reduzir gastos dentro do Legislativo? Quais?

RODINI:
Entendo que o dinheiro do pagador de impostos deve ser respeitado ao máximo. Dessa forma tomei por iniciativa própria, para o nosso gabinete a economia com verbas que eu teria direito como selos (Correios) verba de combustível, carro oficial, de água mineral, redução do número de assessores, uso de voluntários, entre outras, como desligar tomadas daquilo que não usamos como a geladeira.

Essas medidas fizeram com o nosso gabinete economizasse no mês de janeiro R$37.619,53. Quanto aos estudos, apresentei para o presidente Alessandro Maraca (MDB) um primeiro estudo para a implantação de painéis fotovoltaicos, trocando a matriz energética para luz solar, que também foi pauta da minha campanha, o que trará para a Câmara Municipal uma economia aproximada de R$40 milhões em 25 anos, com um investimento inicial aproximado de R$ 1,7 milhão a depender do tipo de licitação.

Nessa semana ainda entrego para a presidência outro estudo sobre o custo do quilometro rodado dos carros da Câmara Municipal que apontam o elevado valor de R$5,65 por quilômetro e a minha proposta é que a Câmara use aplicativo para aqueles vereadores que sentem a necessidade de ter pago o seu deslocamento ainda que de ofício.

Dos cinco assessores permitidos por gabinete, o senhor trabalha com apenas dois. Por que fez essa escolha? Acredita que esse número é suficiente para suprir a demanda de trabalho?

RODINI:
No Partido Novo, temos um compromisso de fazer mais com menos, dessa forma optei por ter dois apenas neste primeiro semestre para testar o fluxo de trabalho e entrega. O fato de os assessores não terem vínculos políticos ou pessoais comigo permite que o trabalho seja mais objetivo, me dando total liberdade de dispensar caso o serviço não seja entregue.

Entretanto fui feliz na escolha entre 462 currículos recebidos, escolhi os melhores jurídico e contábil disponíveis no processo naquele momento e as entregas estão sendo feitas a contento. Vale lembrar que também trabalhamos com filiados do Partido Novo que fazem assessoria voluntária no gabinete uma ou duas vezes por semana.

Uma das primeiras tarefas que o senhor assumiu na Câmara foi a de "limpar" legislações antigas e, muitas vezes, sem utilidade. Poderia explicar está sendo esse trabalho e qual a importância dele?

RODINI:
Nessa semana, em conjunto com o vereador Matheus Moreno (MDB), que também entendeu a necessidade de revogar leis inócuas e obsoletas, protocolei a revogação de oito leis e ele mais sete, de forma que teremos, caso os colegas entendam a necessidade, a revogação de 15 leis, referentes à Ceterp, aporte de dinheiro em moeda não mais corrente, assuntos do agora município de Guatapará e outras.

Estamos fazendo um trabalho junto com as secretarias de Educação, Infraestrutura e Saúde para encontrar as leis que travem o bom andamento do trabalho, mas acabamos nos deparando com pautas melhores encabeçadas pelo Executivo. De toda forma esse trabalho será contínuo ao longo do mandato. Nosso foco será revogar leis que impedem o empreendedor de abrir seu negócio em curto tempo, reduzindo assim as fileiras da burocracia.

O partido Novo possui um processo seletivo muito rigoroso, realizando até entrevistas com os candidatos. Poderia contar como foi o seu processo seletivo e se considera essa a melhor forma reunir membros para um partido político?

RODINI:
A transparência do processo seletivo é muito importante na formação do Partido Novo. Buscamos sempre candidatos que tenham amplo conhecimento do cargo pelo qual pretende disputar, que esteja preparado economicamente para abrir mão de seu tempo e dedicar à política e que tenham propostas reais de mudanças, aceitando os valores e princípios do Novo. Começamos o processo com 22 pré-candidatos e encerramos com 14, sendo que uma colega aprovada veio a falecer durante a campanha, o que nos abalou profundamente. Esses que foram selecionados têm total capacidade para assumir o Gabinete caso eu venha a me afastar, mantendo o padrão de conduta política esperada de um filiado ou admirador do Partido Novo.

O senhor já foi presidente do Partido Verde em Ribeirão Preto, quais fatores pesaram na mudança?

RODINI:
Tudo na vida tem seu ciclo. Sempre fui ambientalista, entendia que o Partido Verde seguiria as pautas que se compromete no seu estatuto que são as lutas pelo fim do uso da energia atômica, o fim da desertificação e do desmatamento, e acabei entendendo que o discurso era diferente das ações. Com o apoio do Partido Verde ao Geraldo Alckmin (PSDB) para presidente, segui com o senador Álvaro Dias para o Podemos, que também focou mais na composição de um grupo forte no Senado que na capilaridade das propostas para os municípios. Como eu já admirava havia muito tempo o Partido Novo, vi por bem seguir meu coração e ir para um partido que não utilizasse Fundo Partidário ou Eleitoral (dinheiro Público) para eleição do velho sistema de cacicado. No Novo não existe "dono de partido" somos todos filiados pagantes e com direitos iguais, baseados na transparência e ética.

Muito se fala sobre o partido Novo ser uma "linha auxiliar" do bolsonarismo. Qual a opinião do senhor sobre essa afirmação?

RODINI:
O Partido Novo é por essência independente e em época de "verdades alternativas" que não conhece, tacha. Já fomos também tachados de comunistas, de partido do George Soros. Já nos deram vários rótulos, se na verdade procurar saber mais a respeito de cada posição ou pesquisar o nosso atualizadíssimo site. Recentemente, tivemos uma prova de fogo que foi o caso de o STF mandar prender um deputado federal que se encontra preso.

A nossa votação, unânime – leia-se único partido a votar coeso nessa questão pela absolvição do deputado – fez crer parte da sociedade que estávamos apoiando o presidente da República, já que o deputado em questão era da base de apoio do governo. O que fizemos foi defender o Poder Legislativo e a independência dos poderes, ou seja, uma questão técnica, quando a sociedade pedia um julgamento político. Enquanto o Legislativo e os outros Poderes escorregarem nessas armadilhas políticas, sempre veremos um país dividido, frustrado com a falta justiça e criando cada vez mais teorias da conspiração, fake news e seguidores cegos de um lado ou de outro. O Novo é e sempre será pelo fortalecimento das Instituições e não das pessoas envolvidas na turbulência política que antecede as próximas eleições.

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