Empreendedora contou com a assistência da Emater-MG no processo de adequação da queijaria
A chancela, concedida pelo órgão estadual de inspeção sanitária, permite a venda de produtos alimentícios artesanais para outros estados. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), orientou e monitorou todo o processo de registro e a conclusão do requerimento do Selo Arte.
A técnica de Bem-estar Social da unidade regional da Emater-MG de Araxá, Gisele Maria Santos, explica que a produtora tapirense atendeu a todos os requisitos necessários para chegar à certificação. “Ela teve capacitação em boas práticas agropecuárias; estruturou a queijaria de forma adequada. Também fez o exame do gado e os exames físico químicos e microbiológicos do queijo e da água. Todo o processo foi acompanhado pela Emater-MG”, afirma.
A produtora Maria Geralda conta que não foi fácil obter o selo, com os ajustes e adequações exigidos, mas a persistência venceu. “A técnica da Emater vinha todo dia e falava: ‘Tenha paciência, você vai conseguir’. Então fomos pelejando. Finalmente chegou o Selo Arte. Vendo queijo para Brasília, Uberlândia, São Paulo, Curitiba e Ribeirão Preto”, comemora.
Produção
Atualmente, a produtora de Tapira fabrica, sozinha, em média, de oito a dez quilos de queijo por dia, dependendo da produção de leite da propriedade. Segundo Maria Geralda, a renda com a venda do alimento aumentou 100%, pois as modificações implementadas agregaram valor ao produto.
Os pedidos de compra não param e ela atende demandas de compras que variam de 30 a 50 quilos do produto. A peça é vendida a R$ 40 o quilo. A queijaria de Maria Geralda fica na Fazenda Antas, próxima à região urbana de Tapira. O queijo foi batizado de “Pingo da Serra”, nome inspirado no soro usado na fabricação do Queijo Minas Artesanal e também no relevo do local.
Registro
O gerente de Inspeção de Produto de Origem Animal do IMA, André Duch, afirma que o tempo de regularização de uma queijaria no órgão depende de vários fatores e pode estar relacionado ao histórico de pendências do produtor.
“Depende de qual estágio a pessoa está. Por exemplo, tem produtor que chega aqui pra gente registrar e não tem nada. Outro já tem uma queijaria muito bem encaminhada e só falta a documentação. Tem alguns que dependem de crédito ou financiamento”, diz.
O gerente do IMA esclarece que o Selo Arte não é automaticamente concedido no ato de registro da queijaria no órgão. “O produtor tem de solicitar em requerimento. A gente tem de ter um documento demonstrando o interesse dele”, informa, acrescentando ainda que é possível pedir o selo após o registro. Segundo Duch, o estado tem 35 queijarias com a chancela.
Garantia para o consumidor
A coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal, Maria Edinice Soares, reforça que a Emater-MG pode fornecer todas as informações necessárias ao trâmite do registro da queijaria e do Selo Arte. Ela destaca que a chancela é uma garantia a mais para o consumidor e uma forma de ampliar o alcance da comercialização para o fabricante.
“O selo fala ao consumidor que aquele queijo é artesanal e segue parâmetros de legislação de boas práticas agropecuárias e de fabricação. Com isso, o produtor pode colocar o seu produto em qualquer gôndola, tanto dentro como fora do estado”, justifica.
De acordo com a coordenadora, entre os documentos que o produtor tem de entregar ao IMA estão um memorial socioeconômico, descrevendo toda a estrutura de queijaria e de curral, os programas operacionais de higiene e sanitização, comprovante de sanidade do rebanho, entre outros. “O papel da Emater-MG é orientar e apoiar o produtor na organização desses documentos e na assistência técnica”, afirma.
O Queijo Minas Artesanal pode ser produzido legalmente em todo o estado de Minas Gerais. Mas somente aqueles queijos que estão em microrregiões caracterizadas como produtoras podem explorar, no rótulo, a nomenclatura da região. Em Minas são oito as regiões caracterizadas: Araxá, Serro, Cerrado, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Triângulo Mineiro, Canastra e mais recentemente, Serras da Ibitipoca.
Tapira
O município de Tapira fica na região produtora de Queijo Minas Artesanal de Araxá e tem tradição na fabricação deste alimento. Ao longo da história, o produto foi fonte da renda de muitas famílias. A estimativa é que haja hoje em torno de 120 produtores da iguaria, segundo a unidade regional da Emater-MG de Araxá.
Atualmente, quatro produtores de Queijo Minas Artesanal de Tapira estão em processo de regularização dos seus estabelecimentos.
Agência Minas
Perto de completar cinco meses da obtenção do registro de sua queijaria no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a produtora de queijo Minas Artesanal e empreendedora, Maria Geralda de Souza Silva, de Tapira, comemora os resultados da atividade. Depois de um processo de quase quatro anos, ela é a primeira produtora do município, na microrregião de Araxá, no Alto Paranaíba, a conseguir também o Selo Arte para seu estabelecimento.
Perto de completar cinco meses da obtenção do registro de sua queijaria no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a produtora de queijo Minas Artesanal e empreendedora, Maria Geralda de Souza Silva, de Tapira, comemora os resultados da atividade. Depois de um processo de quase quatro anos, ela é a primeira produtora do município, na microrregião de Araxá, no Alto Paranaíba, a conseguir também o Selo Arte para seu estabelecimento.
Arquivo / Maria Geralda de Souza Silva |
A chancela, concedida pelo órgão estadual de inspeção sanitária, permite a venda de produtos alimentícios artesanais para outros estados. A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), orientou e monitorou todo o processo de registro e a conclusão do requerimento do Selo Arte.
A técnica de Bem-estar Social da unidade regional da Emater-MG de Araxá, Gisele Maria Santos, explica que a produtora tapirense atendeu a todos os requisitos necessários para chegar à certificação. “Ela teve capacitação em boas práticas agropecuárias; estruturou a queijaria de forma adequada. Também fez o exame do gado e os exames físico químicos e microbiológicos do queijo e da água. Todo o processo foi acompanhado pela Emater-MG”, afirma.
A produtora Maria Geralda conta que não foi fácil obter o selo, com os ajustes e adequações exigidos, mas a persistência venceu. “A técnica da Emater vinha todo dia e falava: ‘Tenha paciência, você vai conseguir’. Então fomos pelejando. Finalmente chegou o Selo Arte. Vendo queijo para Brasília, Uberlândia, São Paulo, Curitiba e Ribeirão Preto”, comemora.
Produção
Atualmente, a produtora de Tapira fabrica, sozinha, em média, de oito a dez quilos de queijo por dia, dependendo da produção de leite da propriedade. Segundo Maria Geralda, a renda com a venda do alimento aumentou 100%, pois as modificações implementadas agregaram valor ao produto.
Os pedidos de compra não param e ela atende demandas de compras que variam de 30 a 50 quilos do produto. A peça é vendida a R$ 40 o quilo. A queijaria de Maria Geralda fica na Fazenda Antas, próxima à região urbana de Tapira. O queijo foi batizado de “Pingo da Serra”, nome inspirado no soro usado na fabricação do Queijo Minas Artesanal e também no relevo do local.
Registro
O gerente de Inspeção de Produto de Origem Animal do IMA, André Duch, afirma que o tempo de regularização de uma queijaria no órgão depende de vários fatores e pode estar relacionado ao histórico de pendências do produtor.
“Depende de qual estágio a pessoa está. Por exemplo, tem produtor que chega aqui pra gente registrar e não tem nada. Outro já tem uma queijaria muito bem encaminhada e só falta a documentação. Tem alguns que dependem de crédito ou financiamento”, diz.
O gerente do IMA esclarece que o Selo Arte não é automaticamente concedido no ato de registro da queijaria no órgão. “O produtor tem de solicitar em requerimento. A gente tem de ter um documento demonstrando o interesse dele”, informa, acrescentando ainda que é possível pedir o selo após o registro. Segundo Duch, o estado tem 35 queijarias com a chancela.
Garantia para o consumidor
A coordenadora estadual de Queijo Minas Artesanal, Maria Edinice Soares, reforça que a Emater-MG pode fornecer todas as informações necessárias ao trâmite do registro da queijaria e do Selo Arte. Ela destaca que a chancela é uma garantia a mais para o consumidor e uma forma de ampliar o alcance da comercialização para o fabricante.
“O selo fala ao consumidor que aquele queijo é artesanal e segue parâmetros de legislação de boas práticas agropecuárias e de fabricação. Com isso, o produtor pode colocar o seu produto em qualquer gôndola, tanto dentro como fora do estado”, justifica.
De acordo com a coordenadora, entre os documentos que o produtor tem de entregar ao IMA estão um memorial socioeconômico, descrevendo toda a estrutura de queijaria e de curral, os programas operacionais de higiene e sanitização, comprovante de sanidade do rebanho, entre outros. “O papel da Emater-MG é orientar e apoiar o produtor na organização desses documentos e na assistência técnica”, afirma.
O Queijo Minas Artesanal pode ser produzido legalmente em todo o estado de Minas Gerais. Mas somente aqueles queijos que estão em microrregiões caracterizadas como produtoras podem explorar, no rótulo, a nomenclatura da região. Em Minas são oito as regiões caracterizadas: Araxá, Serro, Cerrado, Campo das Vertentes, Serra do Salitre, Triângulo Mineiro, Canastra e mais recentemente, Serras da Ibitipoca.
Tapira
O município de Tapira fica na região produtora de Queijo Minas Artesanal de Araxá e tem tradição na fabricação deste alimento. Ao longo da história, o produto foi fonte da renda de muitas famílias. A estimativa é que haja hoje em torno de 120 produtores da iguaria, segundo a unidade regional da Emater-MG de Araxá.
Atualmente, quatro produtores de Queijo Minas Artesanal de Tapira estão em processo de regularização dos seus estabelecimentos.
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