Boletim da Liberdade
A manifestação de deputados do NOVO, especialmente do deputado federal Marcel van Hattem (NOVO/RS), de não ver ainda crimes de responsabilidade que pudessem legitimar um impeachment do presidente Jair Bolsonaro gerou ácidas críticas de alguns grupos e personalidades liberais.
Deputado Federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) | Michel Jesus/Câmara dos Deputados |
A mais feroz veio do MBL, que em artigo publicado no site MBL News e assinado pelo jornalista Israel Russo, afirmou que Van Hattem “se mostra idêntico ao velho” e que, se eleito presidente da Câmara, irá “sentar no impeachment” – ou seja, não abrir nenhum pedido.
“O novista se candidatou à presidência da Casa para fazer… nada! Depois de todo o desastre na gestão da pandemia e interferências na Polícia Federal, o parlamentar teve a coragem de dizer que não há crime de responsabilidade de Jair”, diz o texto, que chama ainda parlamentares do NOVO como “ótimo passadores de pano para atrocidades”.
Van Hattem criticou o posicionamento do MBL, afirmando que o grupo “errou a mão” com ele “Discordar, tudo bem, é da vida. Partir pra baixaria e me associar a corruptos ou a corrupção, não vou aceitar nunca”, escreveu.
Nesta quarta-feira (20), o MBL admitiu, em publicação, que teria “passado do ponto” em um dos posts. “Entendemos que nosso objetivo não é atacar ou prejudicar a imagem do parlamentar”, diz a nota.
“Mantemos nossas críticas ao novista por não se posicionar claramente em relação ao impeachment, vide que temos razões de sobra para iniciar um processo contra o presidente. É inadmissível que a essa altura do campeonato, Hattem não veja crime de responsabilidade”, diz o texto.
Outras críticas
Quem também criticou van Hattem foi o consultor jurídico do Livres, Irapuã Santana. Falando em caráter pessoal (no Livres, não há consenso sobre o tema), Santana publicou um meme em que compara van Hattem com a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS).
“Queria saber se procede esse match aqui”, ironizou.
Ex-coordenador do Students for Liberty Brasil e atualmente colunista do site Gazeta do Povo, Pedro Menezes também foi um dos que criticaram o posicionamento de Marcel van Hattem.
“Quando Marcel subia em trio elétrico para pedir impeachment, seu assunto predileto era a Lava Jato, ao invés de créditos suplementares. Agora, ao julgar um evento impeachment de Bolsonaro, Marcel promete se ater à letra do processo. Formalismo total. Significa”, ironizou.
Sem mencionar Marcel, João Amoêdo – a principal voz do NOVO em defesa do impeachment de Bolsonaro -, compartilhou publicação do jornalista Felipe Moura Brasil sobre o impeachment.
“A suposta direita passadora de pano deveria se mostrar como alternativa moral ao bolsonarismo. Não é o endosso direitista ao impeachment que fortalece esquerda e centro. É a complacência com crimes de responsabilidade. Mas andar à frente exige a fibra que essa gente não tem”, escreveu Felipe Moura, comentário que Amoêdo afirmou que foi “direto ao ponto”.
Nas redes, Marcel afirmou que “tentativa de assassinato de reputação não é só de coisa de petista”, criticou o MBL que foi quem mais levantou as críticas, e agradeceu o apoio de seguidores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário