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sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

PIB de MG cresce 8,1% no terceiro trimestre, mas acumula queda de 5,2% em 2020

Recuperação no trimestre foi puxada pelos setores de indústria de transformação e comércio

Por Rafaela Mansur | O Tempo

Após uma queda de 9,3% no segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais se recuperou parcialmente no terceiro trimestre, com crescimento real de 8,1% em relação aos três meses anteriores, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (11) pela Fundação João Pinheiro (FJP).

A indústria de veículos avançou 190,5% no terceiro trimestre | EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO

A melhoria dos indicadores se deve à retomada gradual das atividades, possibilitada pela flexibilização das medidas de controle do coronavírus, mas os números ainda são inferiores ao patamar pré-pandemia. Em relação ao terceiro trimestre de 2019, o PIB foi 2,7% menor. Já a taxa acumulada nos nove primeiros meses de 2020 caiu 5,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O resultado positivo do terceiro trimestre foi influenciado, principalmente, pela retomada da indústria de transformação, que cresceu 21,1% em relação ao período de abril a junho. Setores que foram muito prejudicados com as paralisações no segundo trimestre foram os que mais se destacaram, como a indústria têxtil (42,3%) e a cadeia metalomecânica. A metalurgia cresceu 21,1%, a fabricação de produtos de metal, 67,6%, e a indústria de veículos avançou 190,5%. O setor de bebidas também teve bons resultados, com crescimento de 28,9%.

Outro destaque é o comércio, que cresceu 16,1% no terceiro trimestre de 2020. A ampliação das vendas ocorreu, justamente, em segmentos que registraram recuperação na indústria de transformação: as de veículos subiram 31,8%, e as de vestuário, 63,4%.

"A gente conseguiu voltar para o patamar que vigorava no período pré-pandemia, principalmente no caso da indústria de transformação, no comércio está quase. Esses dois segmentos foram importantíssimos no resultado do terceiro trimestre", afirma o pesquisador da coordenação de contas regionais da diretoria de estatística e informações da FJP, Thiago Almeida.

Por outro lado, o conjunto de "outros serviços" deve apresentar recuperação mais lenta. O crescimento de 6,6% no terceiro trimestre foi insuficiente para recuperar as perdas do segundo.

"Os serviços prestados às famílias, como teatro, cinema e recreação, e o turismo, que inclui a parte de serviço de hotéis e alimentação, dependem mais fortemente da circulação de pessoas e ainda não conseguiram voltar para o patamar pré-pandemia", explica Almeida. Para se ter uma ideia, os serviços voltados às famílias cresceram 16,7%, e o turismo, 18%. Mas, no segundo semestre, eles tinham sofrido quedas de 43,7% e 51,4%, respectivamente.

Desemprego

Mesmo em setores que tiveram bom desempenho no terceiro trimestre, a recuperação do emprego não seguiu o mesmo ritmo, e Minas Gerais chegou ao terceiro trimestre deste ano com mais de 1 milhão de postos de trabalho a menos do que no mesmo período de 2019, segundo o coordenador de contas regionais da diretoria de estatística e informações da FJP, Raimundo de Sousa.

"A despeito de a economia ter, entre aspas, voltado para o trilho de onde estava anteriormente em alguns segmentos importantes, não significa que a recuperação do emprego se deu na mesma medida. A produção industrial, em particular, conseguiu se recuperar, mas os empregos que foram perdidos não foram recriados na mesma proporção. Ainda temos um déficit muito grande", avalia. "O mercado de trabalho está muito defasado na sua recuperação e, quando a gente olha para o futuro, essa é talvez a principal questão em aberto", completa.

Fim do auxílio emergencial

Outra preocupação é o fim do pagamento do auxílio emergencial do governo federal, previsto para terminar neste mês. "Considerando o cenário de que o auxílio não vai ser continuado a partir de janeiro, boa parte dos segmentos que puxaram a nossa recuperação vai ser afetada negativamente", diz Sousa, ressaltando que, por outro lado, dois fatores positivos vão impactar nos números: a vacina contra a Covid-19 e a recuperação da economia mundial.

Ecobag feita na Escola de Moda, um projeto da AAMAE que atende mais de mil famílias e crianças de comunidades carentes de Suzano, SP. Muitas destas crianças, inclusive, vítimas de abusos e violências. Além do acolhimento, da alimentação e de dinâmicas educacionais, a AAMAE desenvolve também um programa de suporte ao empreendedorismos para as famílias.

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