Partido NOVO
Segundo a reportagem, a Abin produziu pelo menos dois relatórios de orientação para os advogados de Flávio Bolsonaro sobre a documentação necessária para a anulação do caso de Fabrício Queiroz.
Foto: Daniel Marenco | Agência O Globo |
Nos documentos obtidos pela Época, cuja autenticidade e procedência foram confirmadas pela defesa do senador Flávio Bolsonaro, a Abin detalha o funcionamento de uma suposta organização criminosa junto à Receita Federal, com base em um acesso que seria “ilegal”, segundo seus advogados, aos seus dados fiscais, para fornecer o relatório que gerou o inquérito das “rachadinhas”.
No primeiro relatório, o que especifica a finalidade de “defender FB no caso Alerj”, a Abin classifica como uma “linha de ação” para cumprir a missão: “Obtenção, via Serpro, de ‘apuração especial’, demonstrando acessos imotivados anteriores (arapongagem)”. O texto discorre então sobre a dificuldade para a obtenção dos dados pedidos à Receita e, num padrão que permanece ao longo do texto, faz imputações a servidores da Receita e a ex-secretários.
O relatório sugere a substituição dos “postos”, em provável referência a servidores da Receita, e, sem dar mais detalhes, afirma que essa recomendação já havia sido feita em 2019.
A agência traça em seguida outra “alternativa de prosseguimento”, que envolveria a Controladoria-Geral da União (CGU), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Advocacia-Geral da União (AGU).
Para o presidente do NOVO, Eduardo Ribeiro, há indícios de crime contra a Administração Pública. É preciso que haja apuração sobre um possível desvio de finalidade e aparelhagem de órgãos do Estado.
“Para o NOVO, todos são iguais perante a Lei e os órgãos públicos devem ser regidos pelo princípio da impessoalidade. É inadmissível o aparelhamento das instituições para defender o filho do presidente da República”, afirma Eduardo Ribeiro.
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