Paulo Ganime | Deputado Federal (NOVO-RJ)
O evento contou com a participação especial do vice-presidente general Hamilton Mourão, dos deputados Alexis Fonteyne e Paulo Ganime, ambos são presidente e vice da frente. Também participaram da Reunião, o cientista e climatologista Carlos Nobre, o diretor-executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), Thiago Falda, parlamentares, a diretora de Sustentabilidade da Natura, Denise Hills e outros representantes da indústria e da sociedade civil.
Ganime participa de Seminário Virtual da Frente Parlamentar da Bioeconomia |
Mourão abriu o debate afirmando que só é aceitável desenvolver a Amazônia de forma sustentável. “Na minha visão, desenvolvimento sustentável na Amazônia é pleonasmo. O desenvolvimento lá só pode ser sustentável. Em qualquer região do mundo, o tema da sustentabilidade faz parte daquilo que eu chamo de pacto de gerações. Nossa geração não pode esgotar os recursos existentes no planeta porque nós temos que deixar coisas melhores para os nossos filhos e netos”, afirmou.
Para Paulo Ganime, a utilização responsável dos recursos da Amazônia está diretamente ligada ao desenvolvimento da bioeconomia no Brasil. O parlamentar afirmou que “Nós temos uma biodiversidade riquíssima no país, não apenas na Amazônia, e que deve ser utilizada de forma responsável. É patrimônio da humanidade, porém de posse do Brasil e não do mundo. Temos que aproveitar esse potencial”.
O cientista e climatologista Carlos Nobre falou sobre a necessidade de preservação das florestas remanescentes. “Em toda a Amazônia já desmataram cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados e 200 mil somente no Brasil nos últimos 50 anos” e sugeriu a criação de um instituto de tecnologia para a Amazônia, “que reúna os melhores e mais brilhantes cientistas do Brasil”.
Mourão demonstrou interesse em apresentar pautas para o desenvolvimento da região e afirmou que a recriação do Conselho Nacional da Amazônia, em fevereiro deste ano, é um grande passo para a exploração responsável da biodiversidade.
“O maior desafio está centrado no desenvolvimento da Amazônia, que requer uma ampla gama de medidas e um debate intenso, de modo que a gente busque o melhor caminho para a exploração econômica das riquezas da biodiversidade de forma que não só aqueles 25 milhões de brasileiros que lá vivem tenham emprego, renda, dignidade e melhores índices de desenvolvimento humano, mas que também possa ser trabalhado em prol do Brasil”.
Para falar sobre como a bioeconomia tem impactado a Amazônia, a diretora de Sustentabilidade da Natura, Denise Hills, apresentou os dados de sucesso da atuação da empresa na região amazônica. Hills destacou o case de sucesso da ucuubeira, uma espécie de árvore ameaçada, que antes quando derrubada valia R$ 10. Contudo, a situação mudou com a descoberta das propriedades cicatrizantes do fruto – ucuuba. Com a produção de uma manteiga capaz de recuperar regiões ressecadas da pele, uma árvore deste fruto passou a render em média R$ 100 por ano. A cadeia da ucuuba sustenta 1,1 mil famílias, de acordo com a diretora.
O deputado federal Alexis Fonteyne, presidente da frente parlamentar, afirmou que é necessária a discussão sobre a Amazônia como uma oportunidade de negócios. Cada vez mais intenso é o debate do desenvolvimento sustentável, baseado na bioeconomia, em uma floresta produtiva permanente, com preservação dos recursos renováveis”
O vice-presidente Mourão se comprometeu a elevar o debate e propor soluções para o desenvolvimento da bioeconomia no Brasil. Ganime afirmou que esse desenvolvimento só será possível se a existência do ser humano for levada em consideração.
“Quando a gente considerar que o ser humano é parte integrada do planeta terra, do meio ambiente, conseguiremos fazer com que a utilização dos nossos recursos naturais seja feita para enriquecer a nossa sociedade e também para garantir a preservação desses mesmos recursos tão importantes. O Brasil tem a maior biodiversidade no mundo, nos resta utilizá-la com responsabilidade”, concluiu.
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