Por Alex Araújo | G1 Minas — Belo Horizonte
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, as professoras de história Tatiane Silva Mendes e Laís Maíne dos Santos propuseram uma atividade diferente para os alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 2º do ensino médio da Escola Estadual Paulo Pinheiro da Silva, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Em tempos de pandemia do novo coronavírus, as professoras de história Tatiane Silva Mendes e Laís Maíne dos Santos propuseram uma atividade diferente para os alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 2º do ensino médio da Escola Estadual Paulo Pinheiro da Silva, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Reprodução de 'A Leiteira' — Foto: Escola Estadual Paulo Pinheiro da Silva/Divulgação |
De acordo com Tatiane, o projeto “Qual fotografia você seria?” entrou em ação como atividade remota para aproximar os estudantes. A iniciativa teve como objetivo fazer com que os participantes recriassem obras de pintores renomados que mais se parecessem com eles.
“Procuramos chegar bem próximo ao maior número de alunos. A arte tem uma mágica. O que seria de nós sem a arte? Com a pandemia isso tudo ficou muito aquém”, fala Tatiane.
Para ela, nesses tempos tão complicados, ler um livro e escutar uma música, por exemplo, dão um acalento ao coração.
A professora disse que, ao todo, 103 trabalhos foram feitos pelos alunos, que contaram como atividade e carga horária, apesar de não valerem ponto.
Mais do que isso, Tatiane defende que a iniciativa serviu para adquirir conhecimento e ter contato, mesmo que virtual, com a escola.
“Com o contexto da pandemia eles estavam se afastando da escola e com o projeto houve uma reaproximação”, diz ela.
Limitações
Contudo, as educadoras precisaram se empenhar mais com os alunos que não têm internet em casa, mas quiseram participar. Foram o caso de moradores de distritos e áreas rurais.
Para eles não ficarem de fora, a escola disponibilizou material impresso. Aos que têm acesso à web, as instruções foram dadas por meio do Google Class.
Os materiais virtuais e impressos contaram com teoria e os alunos fizeram as releituras e recriaram as obras.
“Fotografias, redes sociais, imagens, arte e música. Os alunos são muito ligados a isso tudo”.
Votações
Depois dos trabalhos feitos, a escola abriu votações virtuais: uma popular e outra técnica feita por Mateus Alves Silva, doutor em história da arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Os materiais virtuais e impressos contaram com teoria e os alunos fizeram as releituras e recriaram as obras.
“Fotografias, redes sociais, imagens, arte e música. Os alunos são muito ligados a isso tudo”.
Votações
Depois dos trabalhos feitos, a escola abriu votações virtuais: uma popular e outra técnica feita por Mateus Alves Silva, doutor em história da arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A obra 'O Filho do Homem' — Foto: Escola Estadual Paulo Pinheiro da Silva/Divulgação |
As três recriações escolhidas pelo especialista foram da aluna Ana Clara Soares Gualberto, do 6º ano, com a obra “A Leiteira”, do pintor Johannes Vermeer. Da Kamily Sá, do 9º ano, com “Saudade”, de Almeida Júnior. Por fim, “O Filho do Homem", de René Magritte, reproduzida pelo estudante Airton César Marques Augusto, do 1° ano do ensino médio.
No voto popular, o vencedor foi Yan Rodrigues Franco Stehling, do 7º ano. Ele recriou “O Bocejo”, de Joseph Ducreux.
Nesse processo criativo, a professora Tatiane conclui: “A arte não consiste somente nesta beleza instituída pela mídia. Ela pode ser encontrada em diferentes formas, em diferentes contextos”.
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