Por Juliana Siqueira | Diário do Comércio
De acordo com o presidente da entidade, Bruno Falci, apesar da crise que se instaurou com o novo coronavírus, a sociedade brasileira é otimista e empreendedora e os números confirmam essa realidade. "Apesar da pandemia estar provocando uma instabilidade econômica, financeira e até mental nas pessoas, eu acho que os empresários continuam confiando", avalia.
Só na capital mineira, a Jucemg registrou a abertura de 6.253 empreendimentos | ALISSON J. SILVA |
Além disso, afirma ele, como ações adotadas principalmente pelo governo federal estão ajudando muito a economia brasileira. Outro ponto importante, pondera, são os financiamentos com taxas de juros atraentes e a Selic a níveis historicamente baixos, o que tem tornado o ambiente mais favorável também à abertura de empreendimentos.
Economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Ana Paula Bastos chama a atenção para mais um fator nessa balança de empreendimentos fechados e iniciados nos últimos tempos: o comportamento dos empresários.
Conforme ela destaca, a tendência era mesmo de que aqueles que não se reinventaram, que não conseguiram se adaptar e que não tinha o preparo de caixa para se sustentar no período de crise realmente fechassem as portas.
Por outro lado, observa o especialista, houve também aqueles que conseguiram propor soluções, seguir uma nova forma de trabalho, buscaram crédito, aproveitaram a onda e se reinventaram, obtendo sucesso com isso.
Pós-pandemia
Em um mundo pós-pandemia, prevê a economista, serão justamente esses empresários que prevalecerão, seja os que já estão no mercado, seja os que ainda irão empreender. O cenário, ressalta, ainda é muito incerto para prever quantas empresas deverão deixar de existir devido, também, aos efeitos da pandemia da Covid-19 ou quantos negócios serão iniciados. Contudo, dá para ter uma ideia do que deve prevalecer em termos de investimentos. Na sua avaliação, a pandemia acelerou mudanças no comportamento do consumidor e das empresas, para ter êxito, terão de focar essas transformações.
"É preciso entender quem é o novo cliente e se adaptar a ele. O consumidor mudou, está dando valor às coisas mais saudáveis, por exemplo, comprando mais produtos de limpeza, se alimentando mais em casa. O cliente tem mais propósito, está mais preocupado com as causas, de onde os produtos vêm. Preocupa-se com preço, mas também com a qualidade", salienta.
Analista da unidade de inteligência empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae MG), Breno Fernandes também ressalta que o cenário em um mundo pós-pandemia será outro. Pode ser que muitas empresas não venham a fechar as portas, salienta, mas também terão de se adaptar a uma nova realidade.
"Vai haver uma realidade bem diferente no mercado. O trabalho em home office, por exemplo, enxuga o tamanho das empresas, traz outra dinâmica social para a economia e muda padrões de consumo. Além disso, o trabalho intermitente vem se mostrando cada vez mais uma possibilidade", afirma.
Para Fernandes, com isso, pode ser que muitos empreendimentos realmente se encerrem, mas serão abertas oportunidades para novos tipos de negócios.
Falci, da Jucemg, se mostra otimista em relação aos negócios em um mundo pós-pandemia. "Do jeito que as coisas estão caminhando, o Brasil vai recuperar o PIB e a economia rapidamente", afirma.
Para ele, o Brasil tem riquezas naturais diferentes de outros países, o que vai ajudar a impulsionar a economia. "Se a gente tem uma área de agronegócio crescente, o mundo precisa de comida e o celeiro de alimentos no mundo é o Brasil, na hora que o agronegócio cresce, ele também puxa o comércio, a indústria, os serviços", argumenta ele, lembrando que uma boa economia tem reflexos inclusivos em mais aberturas de empresas.
"Uma empresa pode abrir ou fechar por problemas internos, mas também depende muito da economia local. Por mais que se tenha uma boa gestão, se a economia na cidade, no Estado e no País está ruim, não tem jeito", salienta.
Segunda onda
"É preciso entender quem é o novo cliente e se adaptar a ele. O consumidor mudou, está dando valor às coisas mais saudáveis, por exemplo, comprando mais produtos de limpeza, se alimentando mais em casa. O cliente tem mais propósito, está mais preocupado com as causas, de onde os produtos vêm. Preocupa-se com preço, mas também com a qualidade", salienta.
Analista da unidade de inteligência empresarial do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae MG), Breno Fernandes também ressalta que o cenário em um mundo pós-pandemia será outro. Pode ser que muitas empresas não venham a fechar as portas, salienta, mas também terão de se adaptar a uma nova realidade.
"Vai haver uma realidade bem diferente no mercado. O trabalho em home office, por exemplo, enxuga o tamanho das empresas, traz outra dinâmica social para a economia e muda padrões de consumo. Além disso, o trabalho intermitente vem se mostrando cada vez mais uma possibilidade", afirma.
Para Fernandes, com isso, pode ser que muitos empreendimentos realmente se encerrem, mas serão abertas oportunidades para novos tipos de negócios.
Falci, da Jucemg, se mostra otimista em relação aos negócios em um mundo pós-pandemia. "Do jeito que as coisas estão caminhando, o Brasil vai recuperar o PIB e a economia rapidamente", afirma.
Para ele, o Brasil tem riquezas naturais diferentes de outros países, o que vai ajudar a impulsionar a economia. "Se a gente tem uma área de agronegócio crescente, o mundo precisa de comida e o celeiro de alimentos no mundo é o Brasil, na hora que o agronegócio cresce, ele também puxa o comércio, a indústria, os serviços", argumenta ele, lembrando que uma boa economia tem reflexos inclusivos em mais aberturas de empresas.
"Uma empresa pode abrir ou fechar por problemas internos, mas também depende muito da economia local. Por mais que se tenha uma boa gestão, se a economia na cidade, no Estado e no País está ruim, não tem jeito", salienta.
Segunda onda
Apesar de um cenário promissor poder se tornar realidade na pós-pandemia, Fernandes, do Sebrae MG, ressalta um estado intermediário: a chamada segunda onda, quando após uma melhora, os números relacionados à doença passam a aumentar novamente.
Se isso ocorrer no Brasil de forma prolongada, diz ele, é muito provável que o quadro econômico fique ainda pior do que no início da pandemia, pois, ao contrário do que ocorreu no começo, o governo não pode ter capacidade financeira para continuar com algumas políticas. Dessa forma, avalia, haveria um encerramento permanente de um maior número de empresas.
Se isso ocorrer no Brasil de forma prolongada, diz ele, é muito provável que o quadro econômico fique ainda pior do que no início da pandemia, pois, ao contrário do que ocorreu no começo, o governo não pode ter capacidade financeira para continuar com algumas políticas. Dessa forma, avalia, haveria um encerramento permanente de um maior número de empresas.
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