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Unidades de conservação reforçam cuidados contra incêndios florestais em Minas

Queimadas são comuns entre junho e novembro, quando trabalhos de prevenção e combate são intensificados

Agência Minas

O cuidado com as unidades de conservação administradas pelo Governo de Minas, por meio do Instituto Estadual de Florestas (IEF), está sendo reforçado durante o período crítico de incêndios florestais. Além das já rotineiras manutenções em trilhas, aceiros, estradas e áreas de vegetação, os funcionários dos locais têm participado de atividades com as equipes da Força-Tarefa Previncêndio e Corpo de Bombeiros.

Funcionários das unidades têm participado de atividades com as equipes da Força-Tarefa Previncêndio e Corpo de Bombeiros | Evandro Rodney / IEF

Além disso, trabalhos de educação ambiental com comunidades do entorno sobre os riscos de queimadas, instalação de fiscalização preventiva e monitoramento em áreas de recorrência de incêndios também foram reforçados. Todas as atividades visam a prevenção e o combate ao fogo e têm sido realizadas conforme as medidas sanitárias determinadas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) para proteção dos servidores.

O objetivo é melhorar o desempenho alcançado em 2019, quando o Estado conseguiu reduzir em 21%, de acordo com a média histórica, a área total consumida por incêndios florestais no interior das unidades de conservação. “O resultado do último ano nos mostra que tivemos grande efetividade no combate com brigadistas, monitores, agentes de parques, equipe da Força-Tarefa Previncêndio e de todos os parceiros”, frisa o diretor-geral do IEF, Antônio Malard.

Integração

No Parque Estadual Mata do Limoeiro, em Ipoema, distrito de Itabira na região Central, uma das principais apostas é o estreitamento das relações com a comunidade. De acordo com o gerente Alex Amaral, desde o início de junho, os funcionários visitaram mais de 80 residências de vilarejos que estão ao redor do Mata do Limoeiro. Foram distribuídos panfletos alertando sobre o cuidado que a população deve ter com a unidade de conservação.

“É um processo fundamental trazer a comunidade para a rotina da unidade de conservação. Aliado a isso, com a educação ambiental conseguimos levar à população a importância do parque e os riscos que as áreas de vegetações correm neste período”, conta Amaral. Segundo o diretor, a parceria com uma brigada de voluntários da região também vai auxiliar neste período. “A ideia é que o parque forneça alguns materiais mais comuns utilizados no combate aos incêndios, como abafadores e chicotes”, reforça.

Em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, uma série de medidas foi adotada pela equipe do Parque Estadual do Pau Furado. Além de rondas preventivas diárias nos trechos mais críticos em relação aos incêndios, a equipe construiu um aceiro no entorno do complexo administrativo da unidade, instalou placas orientando a população sobre a restrição em alguns locais e contou com uma vistoria técnica do Corpo de Bombeiros.

“Essa vistoria nos ajudou a pensar melhor o combate, verificando locais em que é possível a captação de água com diferentes veículos. Foi uma vistoria de planejamento de ações”, comenta o gerente do parque, Guilherme de Oliveira.

A participação da comunidade também ajuda na prevenção das queimadas. Foi disponibilizado um contato de Whatsapp (34 3232-5622) para que moradores do entorno possam enviar informações. “Algumas ocorrências acontecem após o turno de trabalho da equipe do parque. Em alguns casos, a comunidade identifica o incêndio antes da gente, o que gera uma comunicação mais rápida, evitando que se torne uma ocorrência de grandes proporções”, acrescenta o gerente.

Na Região Norte de Belo Horizonte, o Parque Estadual Serra Verde também estreitou o relacionamento com os moradores de bairros vizinhos, por meio das redes sociais. Gerente da unidade, André Santana revelou que as áreas de maior incidência de focos de queimadas no parque recebem uma atenção maior neste período. Mesmo com o teletrabalho, funcionários do parque mantiveram o monitoramento de todo o território para inibir a prática de crimes ambientais. “Outras atividades como a manutenção de aceiros, de ferramentas, e o combate aos focos de queimadas que já surgiram também entram em nossa programação”, finaliza.

Tecnologia

Localizado entre Belo Horizonte, Nova Lima e Brumadinho, o Parque Estadual da Serra do Rola Moça tem um sistema de monitoramento que funciona como suporte à prevenção e ao combate aos incêndios. São seis câmeras com capacidade de registros em 360 graus espalhadas em pontos diferentes, que garantem a visualização de toda a área.

Os registros dos aparelhos são enviados para uma central instalada no complexo administrativo, onde brigadistas, agentes do parque e militares do Corpo de Bombeiros recebem as informações e a localização dos focos de incêndios. “É um dos parques mais modernos do Brasil em relação a isso”, aposta o gerente Henri Collet. “As câmeras funcionam 24h, desde 2012, mas todos os anos realizamos aperfeiçoamentos para modernizar o sistema. Atualmente, temos uma câmera comum e um equipamento térmico que, ao registrar um foco de incêndio, dispara um alarme e permanece com a imagem congelada indicando o local para combate”, explica.

O bom funcionamento do sistema já resultou, inclusive, na redução do tempo de atendimento às ocorrências. Em 2019, o tempo de resposta aos incêndios era de 15 minutos para início do combate, conforme Collet. Neste ano, as chamas começam a ser debeladas já com 11 minutos desde a detecção.

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