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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Zema espera não atrasar salário por 6 meses para mostrar importância da reforma

Governador disse que, de certa forma, o servidor já experimentou o que é um Estado começar a ir à falência
Por Lucas Henrique Gomes | O Tempo
Ao falar sobre o sistema previdenciário de Minas Gerais durante uma transmissão ao vivo pelo Youtube, o governador Romeu Zema (Novo) disse esperar que Minas "não precise, como já aconteceu em outros estados, ficar quatro, cinco, seis meses com salário atrasado para mostrar a importância" da aprovação da reforma que tramita na Assembleia Legislativa. Já sobre a tramitação do texto, o governador disse que "é lógico que enfrenta dificuldades", mas que "com aritmética não se briga, se encontra solução viável".

Governador Romeu Zema (NOVO-MG) | Foto: Gil Leonardi / Imprensa MG

Apesar da "live" abordar os desafios de oportunidades da reforma tributária que tramita no Congresso, Zema focou a sua fala nos desafios da Previdência do Estado. Na visão do chefe do Executivo, o servidor, "ironicamente", paga há cinco anos o preço pelo déficit previdenciário. "O servidor, ironicamente, já vem pagando a conta há cinco anos, que não recebe o salário na data certa, recebe sempre atrasado. Servidor do Executivo, vale lembrar. Há cinco anos recebe o 13º salário parcelado. Há cinco anos o servidor ficou sem ter acesso a clínicas e exames porque o Estado não pagava laboratórios. O servidor já, de certa maneira, experimentou o que é um Estado começar a ir à falência", afirmou.

Romeu Zema avaliou a proposta enviada ao Legislativo como algo que "não é nada inédito" e mais de 20 Estados pelo país já estão com as respectivas reformas adiantadas. "O que estamos fazendo é simplesmente o que quase todo Brasil já fez. O funcionalismo público de Minas Gerais é bom, mas o do restante do Brasil é bom também. Não justifica o funcionário público de Minas Gerais ter um tratamento diferente daquele de São Paulo, Espírito Santo, de Goiás, etc. O que queremos fazer em Minas é o mesmo que o Brasil já fez e é necessário", enfatizou.

Já sobre a questão tributária, o governador relembrou a guerra fiscal, bandeira levantada ainda na campanha ao Executivo e citou o exemplo da gasolina ser mais barata em Estados como São Paulo, Goiás e Espírito Santo. Embora entenda que seja difícil mexer na carga tributária durante a pandemia, Romeu Zema disse abraçar a causa da reforma tributária e que a simplificação dos tributos é algo factível e possível no momento.

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