Para vereador Felipe Camozzato, legislação precisa avançar
Felipe Camozzato | GeraçãoE Jornal do Comércio
Recentemente, foram publicados os dados de 2019 do Crunchbase Unicorn Board, projeto que monitora os unicórnios, empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, no mundo todo. Em 2019, apenas 142 empresas alcançaram essa marca no ecossistema global de startups. O Brasil, onde cinco empresas passaram a integrar esse rol no período, empatado com a Alemanha na terceira posição, ficou atrás apenas de Estados Unidos e China. Esse desempenho positivo contrasta frontalmente com o cenário que os empreendedores encontram aqui.
Vereador em Porto Alegre, Felipe Camozzato (NOVO-RS) | Divulgação |
Costumo dizer que, se o brasileiro é reconhecido como alguém que dificilmente desiste, o empreendedor é herói. No Doing Business, relatório anual elaborado pelo Banco Mundial que mede a facilidade de fazer negócios, o Brasil ocupa a 124ª posição entre 190 países avaliados. Já no Global Entrepreneurship Monitor, que avalia condições gerais para empreendedores, há um único indicador em que o Brasil é o pior entre 54 países avaliados: taxas e burocracia.
Para aqueles que decidem empreender via startups, o estado brasileiro está atrasado, como em quase tudo, em acompanhar as necessidades do setor. Apenas recentemente iniciou-se a discussão sobre um Marco Legal das Startups. Pela proposta, que tem como relator o deputado federal do Novo Vinícius Poit, vislumbram-se alterações positivas para o setor, como, por exemplo, a facilitação na contratação de funcionários, segurança jurídica do investidor anjo e a desburocratização das compras públicas, tornando esse segmento acessível às startups.
Imagine se os empreendedores daqui encontrassem condições de competitividade que outros países oferecem? Se o Estado ocupasse a condição de promotor do desenvolvimento de negócios simplesmente não os atrapalhando? Será que teríamos 10, 20 ou talvez 50 unicórnios por aqui?
Como alguém que já sentiu na pele a dureza de enfrentar a máquina pública na condição de empreendedor, creio que nossas empresas teriam mais sucesso se encontrassem um aparato estatal que voltasse seus esforços para verdadeiramente auxiliá-las. O caminho é longo, mas a aprovação de iniciativas como a lei de liberdade econômica municipal me fazem crer que podemos sonhar com um país onde unicórnios possam se reproduzir livremente.
Polo Laranja (Masculina) |
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