Proposta foi enviada pelo governo do estado em meio ao novo modelo de concessão da Cedae
Felipe Grinberg | O Globo
RIO — A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) votará nesta terça feira, em regime de urgência um projeto de lei enviado pelo governador Wilson Witzel que retira o limite de 25 anos para concessões públicas. Segundo o projeto, o "prazo da concessão deve atender ao interesse público e às necessidades exigidas pelo valor do investimento, visando à justa remuneração do capital investido, ao equilíbrio econômico-financeiro do contrato e à modicidade tarifária".
"é considerada indispensável à existência de um espaço de maleabilidade em sua modelagem e elaboração de contratos de maneira que o prazo de vigência seja estipulado de acordo com a necessidade contratual de cada uma das concessões, tornando desnecessária a previsão em lei de um prazo único para todas as contratações.", afirma o governador
Para o deputado Alexandre Freitas (Novo) engessar cada contrato pode afastar novos investidores:
— Qualquer país sério que pense no futuro sem fins eleitoreiros ele pensa num investimento de longo prazo. Se o Estado não tenha a capacidade de investir, você tem que dar a liberdade para o contrato.
Já o deputado Waldeck Carneiro (PT) afirmou que ter um prazo definido por lei é uma questão de “equilibrar o jogo”:
— Já temos problemas como no setor do transporte em que varias autoridades estaduais começaram aparecer nas páginas policiais — pontuou.
A proposta foi enviada em meio ao novo projeto de modelagem de Concessão da Cedae pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). A concessão da Cedae deve ser feita em um ano, segundo projeção do BNDES. No Regime de Recuperação Fiscal que o estado firmou com a União, a Cedae foi dada como contragarantia a um empréstimo de R$ 2,9 bilhões que o BNP Paribas concedeu ao Rio há dois anos. Os recursos obtidos com a licitação de parte da companhia serão usados para quitar essa dívida, que vence no fim de 2020 e deve chegar a R$ 4 bilhões em valores corrigidos. O BNDES e o estado não informaram quanto deve ser arrecadado com a concessão.
Na divisão prevista no estudo, o bloco 1 reunirá 40 municípios, a maioria no Norte Fluminense, mais a área de planejamento (AP) 2.1 da capital, que inclui bairros como Botafogo e Flamengo. O bloco 2 vai cobrir sete municípios da Região Serrana e a AP-4 (Barra e Jacarepaguá). O bloco 3 vai abranger oito municípios, entre eles Angra dos Reis, mais a AP 5 (Zona Oeste). Oito cidades da Baixa Fluminense mais as APs 1, 2.2 e 3 (Centro e Zona Norte) ficarão no bloco 4.
— Juntamos o filé e o osso. Quem pegar a Zona Sul vai levar o osso numa região de baixa renda, que precisa de muito investimento e onde a inadimplência é alta. Na Lagoa, em Ipanema e no Leblon, não é preciso investir mais nada. Mas, na Baixada e no interior, tem muita coisa a ser feita — comentou Hélio Cabral, presidente da Cedae.
A pedido do estado, o BNDES começou a fazer a modelagem da Cedae em fevereiro do ano passado. Mas, em agosto, o Palácio Guanabara pediu que o estudo técnico fosse refeito. Isso porque o projeto não previa a possibilidade de aprovação no Congresso de um projeto de lei que permite a empresas privadas que prestem serviços de saneamento básico por meio de contrato de concessão. O novo marco regulatório tramita em caráter de urgência, mas ainda enfrenta resistências da oposição.
Alexandre Freitas
O jornal O Globo cobriu a votação da desvinculação dos fundos estaduais.
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Falamos, na matéria e no Plenário, que o partido NOVO entende que é necessário desvincular os fundos estaduais para facilitar a gestão e dar fôlego ao Orçamento do estado.
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Precisamos, todos, fazer a nossa parte. O Legislativo precisa parar de aprovar leis insustentáveis, que nos colocaram como 1 dos 5 piores estados para se fazer negócio no Brasil.
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O Executivo, por sua vez, precisa ser cobrado para realizar uma reforma administrativa, senão, nunca haverá dinheiro para absolutamente nada neste Estado inchado, ineficiente e que só maltrata a população, que está cansada de pagar imposto!
Polo Laranja (Masculina) |
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