A sessão extraordinária que discutiu o Projeto de Lei Escola Sem Partido foi marcada por tumulto e discussões na Câmara Municipal de Belo Horizonte na noite dessa quarta-feira (9). Mais cedo, um professor foi agredido por seguranças da Casa, e, na reunião da noite, houve uma briga entre vereadores.
De Vitor Fórneas | BHAZ
Os parlamentares que se envolveram na discussão foram Mateus Simões (Novo) e Gilson Reis (PCdoB). A TV Câmara flagrou o momento em que Gilson foi empurrado por Mateus e caiu no chão, enquanto a vereadora Bella Gonçalves (PSOL) tentava recorrer sobre um requerimento.
Imagem mostra Gilson Reis partindo em direção a Mateus Simões (NOVO-MG) | TV Câmara/Reprodução |
O tumulto fez com que os ânimos se aflorassem ainda mais na Câmara e a reunião ficou suspensa por 15 minutos. Segundo Mateus, ele teria sido empurrado primeiro. “Você não me empurra”, disse a Gilson Reis. “Você que empurrou ele e agrediu fisicamente o vereador”, respondeu Bella.
Pelas redes sociais, Mateus Simões pediu desculpas pelo ocorrido e ressaltou que antes de empurrar Gilson foi atingido por uma cotovelada. “O vereador Gilson Reis veio gritando em minha direção falando pra eu me afastar do microfone e me deu um cotovelada na altura do abdômen. Eu reagi e me arrependo. Empurrei o vereador pelo peito, mas ele não lembrou que gritava em minha direção e diz simplesmente que foi agredido”. Veja o video abaixo.
Por sua vez, Gilson Reis disse que vai tomar providências e que uma queixa será prestada na polícia. “Chegamos ao limite. Vamos tomar providências e apresentar queixas na polícia. Não podemos ter violência. Eu nunca vi isso na Câmara Municipal”, disse o parlamentar do PCdoB.
Após a sessão ser retomada, o PL acabou não sendo votado e estará na pauta da Reunião Ordinária desta quinta-feira (10). O vídeo da reunião pode ser visto clicando aqui.
Escola Sem Partido
O PL tem dividido opiniões entre os vereadores nas reuniões plenárias, desde o mês de setembro. O texto determina a criação do Programa Escola Sem Partido, disciplinando o exercício docente nas unidades de ensino da capital.
A proposta tem, entre outras diretrizes, garantir o “direito dos pais sobre a educação religiosa e moral dos seus filhos”, proibindo que as escolas se envolvam na orientação sexual dos alunos ou que apliquem o que o projeto define como “ideologia de gênero”.
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