O mar e os costumes retratados nas canções do cantor e compositor baiano Dorival Caymmi não são os de Rio das Ostras, na Região dos Lagos fluminense, município onde ele chegou a morar por algum tempo, mas o artista que morreu em casa, no Rio de Janeiro, em 16 de agosto de 2008, vai ser homenageado com uma estátua na cidade governada pelo prefeito Marcelino Borba, o Marcelino da Farmácia.
Elizeu Pires
O anúncio da homenagem está causando polêmica, não por ela, em si – já que se trata de um grande representante da cultura nacional –, mas pela inexigibilidade de licitação alegada pela Prefeitura.
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No momento em que usuários da rede de saúde reclamam da falta de médicos e até de medicamentos dos mais comuns, Marcelino decidiu gastar R$ 100 mil, um desperdício, na opinião de alguns.
Pelo que está no aviso de inexigibilidade publicado no diário oficial do município, a estátua será feita em ferro fundido pelo artista plástico Roberto Bueno Sá, pesará cerca de 150 quilos e será instalada na Praia do Bosque.
Sobre a inexigibilidade de licitação há controversa. A Prefeitura diz que o processo licitatório não é necessário porque “o contratado detém a exclusividade para realização dos serviços”. O que se está perguntando em Rio das Ostras hoje é: “Outros artistas estariam proibidos de fazê-lo?”.
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