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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Considero triste que uma parte considerável das entrevistas que concedo envolvem perguntas sobre supostas intrigas palacianas, fofocas de bastidores e questões irrelevantes

Entendo, e entendo bem, que conjunturas e posturas pessoais importem nas relações de poder, mas considero triste que uma parte considerável das entrevistas que concedo envolvem perguntas sobre supostas intrigas palacianas, fofocas de bastidores e questões irrelevantes. 


Marcel Van Hatten | Deputado Federal (NOVO-RS)

As entrevistas em que posso falar sobre IDEIAS, sobre PROJETOS, sobre coisas que realmente afetam a vida dos brasileiros, não são tão frequentes como eu gostaria - e como o Brasil necessita para superar a divisão política extrema e levar mais conhecimento à população.


Não posso ser injusto: várias inserções no Jornal da Band, SBT, Record, no JN, e semana passada uma longa entrevista na Jovem Pan e no Poder 360 são alguns dos exemplos de jornalismo focado em temas, não em pessoas. Mesmo nos jornais de circulação nacional tão criticados por gente tanto à esquerda e à direita, Folha, Estado, Globo, ZH, etc., há ótimos jornalistas que tratam de cobertura política de verdade. A estes jornalistas meu reconhecimento.

Agora, cada vez mais vejo repórteres se aproximando ao pé do meu ouvido para tentar retirar de mim declarações que deixem alguém no governo ou no Congresso de saia justa. Pessoas que querem uma fofoca do poder, uma cutucada em alguém poderoso. Sinceramente, isso me entristece muito porque em geral não é jornalismo mas puro tititi. Aliás, sinto que há jornalista sério caindo nessa tentação, talvez porque muitos já façam, talvez porque dá mais likes na matéria no Facebook ou acessos no site com uma manchete bem vendedora - ainda que possa ser descolada de grande parte do conteúdo da matéria.

Bom, eu precisava fazer esse pequeno desabafo aqui, até como forma de alertar que continuarei com minha postura #tretafree e, sempre que possível, a partir de agora mudarei a minha postura, que hoje é mais a de dar uma lustrada e enrolada na resposta, para passar a dizer que tais situações não interessam a mim e o fomento da discórdia só prejudica o Brasil quando a pergunta vier nesse sentido. Para criar intriga e dar manchete de fofoca, não contem comigo. Acabamos todos perdendo tempo, tanto eu como o jornalista. Temos todos mais a fazer! 

E seguimos, pois mudar o Brasil dá bastante trabalho e requer a união de todos, respeitadas as diferenças!

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