Foi lançada hoje, quinta-feira (04/04), na ALERJ, a Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Roubo de Cargas, presidida pela deputada Martha Rocha (PDT).
A ideia da instalação da frente surgiu após análises realizadas em audiências promovidas pela Comissão de Segurança Pública em parceria com a Comissão de Economia, ainda no ano passado, em que foram discutidas estratégias para o enfrentamento de roubo de cargas. Um dos principais problemas de segurança pública fluminense, o crime gerou um prejuízo aproximado de R$ 580 milhões, só no ano passado.
Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Roubo de Cargas - Foto Rafael Wallace |
Segundo um estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) de 2017, 74% das indústrias fluminenses levam em consideração o fator insegurança na hora de decidir a localização de suas empresas. “E isso acaba impactando no bolso do consumidor porque aumenta os custos da distribuição que são repassados no preço final“, afirmou Chicão Bulhões (NOVO).
O parlamentar destacou que o foco da Frente será obter resultados efetivos, contando com o apoio das instituições de segurança e de Fazenda além de entidades empresariais que já possuem estudos aprofundados sobre o tema, como a Firjan, SindiRio e Abrasse. Ele elogiou os projetos de sistema de inteligência que estão sendo implantados pela Secretaria Estadual de Fazenda para controle de barreira fiscal.
“Não se trata só de reduzir uma incidência criminal. É muito mais do que isso. O roubo de carga provoca o desabastecimento, o aumento do preço final de um produto, a incapacidade de trazer novas empresas, a incapacidade do estado de aumentar sua receita. Então é sempre olhando o roubo de carga como a questão da atividade criminosa mas também o impacto que isso traz para economia do estado“, afirmou Martha Rocha.
Redução em 2018
Segundo a presidente do Instituto de Segurança Pública (ISP), que participou do lançamento, delegada Adriana Mendes, o roubo e o furto de cargas figuram entre os crimes que mais cresceram no estado nos últimos anos. Ela afirma que o aumento no crime afeta não apenas o índice de violência, mas também reflete diretamente na economia, na relação de mercado, até mesmo no preço final dos produtos e serviços quando chegam ao consumidor, com o aumento do custo do frete e de seguros feitos pelas transportadoras.
A análise do ISP mostra que os roubos de cargas começaram a crescer significativamente no Rio em 2014, atingindo seu ápice em 2017. Já em 2018 estes números começaram a cair, a partir de uma atuação estratégica das forças de segurança aliada aos dados produzidos pelo Instituto. “Através da análise das manchas criminais, observamos o maior número de ocorrências, se buscou juntamente a delegacia que trata do roubo e furtos de cargas, traçar medidas e ações que buscavam a diminuição desses índices. E isso, efetivamente, foi alcançado”, afirmou Adriana.
A ideia central da instalação da frente parlamentar é debater de forma permanente a questão do roubo de carga e garantir que a queda no índice se sustente a médio e longo prazo. “Nós verificamos que as instituições vinculadas a segurança pública falam entre si. Mas é preciso muito mais que isso, é preciso continuidade e estratégias”, declarou a deputada Martha Rocha. A parlamentar também lembrou o impacto que esse crime tem em toda a economia do Estado.
Também fizeram parte da mesa o deputado Sub Tenente Bernardo (Pros); Edson Henrique Damasceno, delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas; Leandro M. da Cunha, Auditor Fiscal; e José Hélio Macedo, Assessor Regional de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal.
Polo NOVO Cinza (Masculina) |
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