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sábado, 2 de março de 2019

Léo Burguês e Mateus Simões trocam farpas na Câmara

Retorno das sessões plenárias da Casa foi marcado por briga entre parlamentares rivais


Lucas Henrique Gomes | O Tempo

As sessões plenárias de março na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) voltaram seguindo a tônica deste ano: discursos inflamados, acusações e bate-boca. No encontro de ontem, o primeiro do mês, o vereador Mateus Simões (Novo) afirmou que o líder de governo na Casa, Léo Burguês (PSL), pediu sigilo aos parlamentares durante uma reunião que tratou de assuntos como a volta das verbas indenizatórias e publicitárias, além do retorno da TV Câmara.

Câmara dos Vereadores de BH
Vereador Mateus Simões (NOVO) na Cãmara de Vereadores de Belo Horizonte | Reprodução

“No meio da reunião, o vereador perguntou se era possível manter as discussões em sigilo. Não, não é possível. Não tem a menor possibilidade de eu participar de uma reunião e manter o conteúdo em sigilo. Ele afirmou que tem colegas que expõem a Câmara ao ridículo e à depreciação pública. Sinceramente, a Câmara não precisa da minha ajuda para se expor ao ridículo, ela já faz isso sozinha”, afirmou Mateus.

Ele ainda enumerou os temas discutidos entre os líderes partidários. “A volta da verba indenizatória foi um dos vários absurdos cogitados por vários vereadores. Volta de TV Câmara, que é um absurdo, volta de verba de correio, que é um absurdo. Eles querem voltar àquela farra antiga”, apontou.

Procurado, Léo Burguês disse que o pedido dele foi feito em outro contexto. “Pedi que não se falasse das discussões que aconteceram lá. Ele foi o primeiro a ser agredido por outro vereador lá dentro, e eu achei que não era coisa para se comentar”, defendeu-se.

Burguês alegou que Simões deveria estar preocupado com os R$ 135 milhões que não foram repassados pelo governador Romeu Zema (Novo) para a Prefeitura de Belo Horizonte. “Gostaria que ele fosse ao governo, que ele ajudou a eleger, e trouxesse esse dinheiro para a população de Belo Horizonte. Vamos trabalhar sério em vez de ficar de proselitismo aqui”, declarou. A próxima sessão está marcada para o dia 7 deste mês.

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