Leandro Lyra criticou o mau uso de incentivos culturais e citou diversos exemplos, entre eles o filme 'Marighela', que exalta o guerrilheiro comunista morto no regime militar; jornalista descontextualizou a fala
Boletim da Liberdade
Primeiro parlamentar eleito pelo Partido Novo no Rio de Janeiro, o vereador Leandro Lyra se surpreendeu na última quarta-feira (20) ao ver um discurso crítico ao filme Marighella, de Wagner Moura, fora de contexto por uma coluna publicada em dos maiores jornais de circulação do Rio de Janeiro.
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Leandro Lyra | Foto de: Foto: Reprodução / Jornal O Globo |
No dia anterior (13), Lyra havia criticado de maneira enérgica o mau de uso de recursos públicos para incentivos culturais em um projeto de lei que propunha criar o que foi chamado por críticos de “Lei Rouanet municipal”. Na ocasião, o parlamentar citou projetos que seriam exemplos desse mau uso, entre eles a polêmica produção de Wagner Moura que escalou um ator negro para interpretar o guerrilheiro comunista Carlos Mariguella.
“É esse tipo de recurso que vai, por exemplo, para pagar o filme que vai passar nas telas de cinema do Brasil inteiro para pintar de herói um terrorista assassino comunista chamado Marighella. É esse tipo de recurso que paga pela turnê do Sr. Wagner Moura para ir mentir fora do país sobre o que acontece aqui dentro. Para ir espalhar mentira, avacalhar, diminuir a imagem do Brasil no exterior”, criticou Lyra, que era contrário ao projeto.
No dia seguinte, a coluna da jornalista Berenice Seara no jornal “Extra”, editado pelo Grupo Globo, afirmou que Lyra “confundiu lé com cré”, porque o filme de Moura não havia recebido recursos municipais. Mas Lyra referia-se ao tipo de recurso – e Marighella recebeu mais de R$ 3 milhões pela Lei do Audiovisual, segundo o vereador, que classificou a nota como “fake news”.
“Ao se debater a destinação de recursos públicos a projetos culturais, é não apenas indicado, como indispensável, que se analisem os efeitos de leis similares em outros contextos de aplicação. Não se pode discutir o Fundo Municipal de Cultura do Rio sem olhar para o Fundo Nacional de Cultura, para a Lei do Audiovisual, para a Lei Rouanet e similares. Assim, o vereador Leandro Lyra não ‘trocou as bolas’ e não ‘confundiou lé com cré'”, diz nota da assessoria de Lyra. Aos seguidores de Lyra, restou a pergunta se a jornalista buscou desmerecer sua fala por motivos ideológicos ou foi tudo apenas uma mera confusão.
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