Por Gabriela Sales | Diário do Comércio
Os dados do IBGE destacam ainda que as variações do volume de serviços em Minas Gerais em relação a maio houve alta de 2,4%, segunda taxa positiva seguida nessa comparação. Também havia crescido 2,5% em maio em relação a abril. O destaque foram os serviços de locação de automóveis; seleção de mão de obra e serviços de apoio a empresa, transporte aéreo de passageiros, alojamento e alimentação e alguns serviços técnicos profissionais.
O setor de Transportes foi o grande destaque de junho | Crédito: Alisson J. Silva/Arquivo DC |
“Em linhas gerais, o setor de serviços sofreu no momento mais agudo da pandemia. Março e maio de 2020 foram fechados vários setores de serviço e a partir de junho eles começaram a sentir os efeitos da crise sanitária. Com isso, vem a redução de receita das empresas. Por outro lado, ao passar do tempo, com a flexibilização começa a recuperação desses setores e com isso a redução dessas perdas”, explica Rodrigo Lobo, gerente-geral da pesquisa do IBGE.
Lobo destaca que a pandemia trouxe outra oportunidade de negócios no setor de serviços voltados para empresas na área da tecnologia. “Empresas ligadas à tecnologia da informação, aplicativos e de videoconferência e startups da área de tecnologia da informação tiveram um grande destaque nesse primeiro semestre do ano”, pontua.
O setor de Transportes foi o grande destaque de junho na pesquisa mensal. “Dividimos o transporte em três áreas: de passageiros, de cargas e de armazenamento. Foram segmentos que mostraram crescimento bastante expressivo. De meados de 2020 para junho de 2021, a demanda crescente para o comércio eletrônico varejista com a necessidade de entrega rápida acabou impulsionando as vendas e melhorando a receita”, acrescenta o pesquisador.
A pesquisa do IBGE também avalia que os serviços presenciais prestados às famílias como em hotéis, restaurantes, academias e salões de beleza foram afetados fortemente pela pandemia com quedas significativas nas receitas. “A medida que acontecem as flexibilizações e a vacinação avança, isso tende a melhorar os níveis de receitas desses segmentos. Mas se novas variantes vierem a surgir e se as autoridades tiverem que adotar novos fechamentos, obviamente que teremos novas quedas de receitas”, esclarece o pesquisador do IBGE, Rodrigo Lobo.
Outras variantes também acabam impactando no avanço dos níveis positivos do setor de serviços como a empregabilidade e a renda da população. “Essas questões são determinantes para que haja um aumento do consumo desses serviços presenciais. No cenário atual, os níveis de desemprego estão elevados e isso impacta negativamente no setor de consumo”, pondera Lobo.
Para o segundo semestre, a expectativa é a de que o cenário apresenta níveis de recuperação nos setores de serviço, principalmente no transporte aéreo de passageiros. Além disso, a pesquisa do IBGE aponta ainda um crescimento nas empresas de tecnologia da informação.
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