Por Quintino Gomes Freire | Diário do Rio
A deputada Adriana Balthazar (Novo) realizou, nesta quinta-feira (12), o encerramento da primeira edição do programa FiscalizaRJá com a premiação dos três primeiros colocados do curso gratuito que ensinou jovens a supervisionarem a gestão pública. Projetos que ampliam o controle social, a transparência e melhoram os serviços aos cidadãos foram os que mais se destacaram.
A deputada Adriana Balthazar (Novo) realizou, nesta quinta-feira (12), o encerramento da primeira edição do programa FiscalizaRJá com a premiação dos três primeiros colocados do curso gratuito que ensinou jovens a supervisionarem a gestão pública. Projetos que ampliam o controle social, a transparência e melhoram os serviços aos cidadãos foram os que mais se destacaram.
A primeira turma foi formada por 100 jovens, selecionados entre 206 inscritos vindos de 31 municípios do estado. Ex-líder do movimento Vem Pra Rua, um dos responsáveis pelas manifestações que pressionaram pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Adriana Balthazar emocionou-se ao destacar que a proposta da iniciativa é mobilizar a população.
“Queremos criar uma nova cultura, trazer o cidadão para a política. É o povo que põe medo e o controle social faz diferença. O FiscalizaRJá nasceu para deixar um legado, que são jovens mais conscientes e participativos”, disse a deputada.
O universitário José Rodrigo Salgueiro, de 25 anos, foi o primeiro colocado com a sugestão do “Opina aí“. O projeto propõe a criação de um aplicativo para que servidores e cidadãos avaliem os produtos e serviços contratados nas licitações feitas pela gestão pública.
“Mesmo sem conhecer os processos, quem usufruiu do que é contratado poderá opinar. Assim, será possível melhorar a qualidade do que chega a nós em futuras licitações“, explicou José Salgueiro, que estudou em escola pública e usou como exemplo a péssima qualidade dos kits escolares que recebia.
Lukas Domingos, de 19 anos, ficou em segundo lugar com o projeto “Denúncia Livre“, que sugere a criação de um mecanismo para que as pessoas supervisionem os órgãos de fiscalização e acompanhem se suas denúncias estão sendo apuradas.
Já Luiz Felipe Paranhos, de 30 anos, ficou com a medalha de bronze com o projeto “Acordo limpo: mãos à obra e não mãos ao alto”, que cria um seguro anticorrupção para obras. “A seguradora garantiria a execução da obra. No estado, são 106 obras paradas em áreas urbanizadas. Dos mais de R$ 3,2 bilhões investidos, 71% já foi pago, mas nada foi entregue por inércia“, alertou Luiz Felipe.
Pela primeira posição, José Rodrigo ganhou um smartphone. Todos os três jovens almoçaram com a deputada, visitaram o gabinete e conheceram o plenário do novo edifício da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
O curso
Realizado de forma online com aulas teóricas e práticas, o curso trouxe disciplinas de Administração, Licitações e Contratos, Cidadania e Controle Social, Orçamento e Transparência Pública. Auditores das escolas do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Ministério Público (MP-RJ) e da Controladoria Geral do Estado (CGE), além de professores de diferentes universidades, foram os mestres dos alunos.
“Achamos a ideia brilhante e abraçamos porque acreditamos no controle social. A sociedade quer auxiliar, mas é preciso capacitar. O projeto é rico por isso“, afirmou Karen Dutra, diretora da Escola de Contas do TCE.
Presente na cerimônia de premiação, o deputado federal Paulo Ganime (Novo) também exaltou a iniciativa. “Fiscalizar é papel primordial do parlamentar. Mas a gente consegue entregar mais com a ajuda da população. E isso ocorre quando ela está mais próxima da política e da gestão pública“.
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