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Usinas solares estão em expansão em Minas Gerais

A Shell Brasil e a Gerdau criaram uma joint venture para o desenvolvimento de um parque de geração solar no município de Brasilândia de Minas, no Norte do Estado. 

Por Mara Bianchetti | Diário do Comércio

Com capacidade instalada de 190 MWdc e denominado Aquarii, o parque fornecerá parte da energia limpa para as unidades de produção de aço da Gerdau e outra para ser comercializada no mercado livre por meio da comercializadora de energia da Shell, a partir de 2024.

A AXS Energia deve instalar 30 usinas fotovoltaicas nos próximos três anos no Estado, com aportes de R$ 1 bilhão | Foto: Divulgação

As empresas não revelam o montante a ser investido. No entanto, considerando o custo médio por megawatt para construção de um parque de geração solar em cerca de R$ 2,6 milhões a R$ 3,2 milhões, o empreendimento deverá consumir aportes da ordem de R$ 600 milhões. A expectativa é que o projeto comece a ser implantado no início do ano que vem, enquanto as operações estão previstas entre o final de 2023 e começo de 2024.

A joint venture terá participação igualitária da Shell Brasil e da Gerdau e faz parte da estratégia de transição energética e descarbonização de ambas. Trata-se de um passo voluntário da Shell Brasil na oferta de mais produtos e serviços energéticos renováveis e sustentáveis, em total alinhamento com a busca de uma matriz de energia mais limpa pela Gerdau. Aquarii também venderá energia para consumidores livres, ajudando a aumentar o parque gerador do estado de Minas Gerais e contribuindo para a segurança energética da região com mais energia renovável.

No caso da Gerdau, o vice-presidente da companhia e responsável pela Gerdau Next, Juliano Prado, destaca que o investimento no parque de geração solar é apenas mais um passo da siderúrgica na implementação de ações em consonância com os pilares ESG – hoje considerados estratégicos e fundamentais para a empresa.

“Em se tratando de energia renovável, que é importante não somente para a busca da descarbonização do setor e para a utilização de energias limpas no negócio, mas também para com o comprometimento com o futuro, a Gerdau já opera pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), tem um parque em desenvolvimento nos Estados Unidos e acaba de anunciar a construção do Aquarii“, afirma.

Projetos futuros


Conforme Prado, metade da energia do parque será destinada ao consumo das quatro plantas siderúrgicas e a outra metade será comercializada. E, embora a autogeração seja relevante, segundo ele, a autossuficiência energética ainda estará longe de ocorrer e, por isso, existe um potencial de construção de outros parques solares e eólicos pela companhia pela frente.

Neste sentido, a empresa tem prospectado áreas para geração solar especialmente no Norte de Minas e para geração eólica na região Nordeste do País. “O que não impede de construir parques solares nos demais estados. Na verdade, a Gerdau estuda o tema de energia renovável e a operação de parques nas Américas como um todo”, revela.

A medida faz parte do direcionamento estratégico de entrada no segmento de geração de energia renovável, parte do portfólio de novos negócios realizados através da Gerdau Next. A energia solar é a fonte energética que mais cresce no Brasil, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com um salto de 70% no último ano, o equivalente a 7,5 GW ou metade da capacidade da hidrelétrica de Itaipu. Atualmente, representa 1,8% da matriz nacional, porcentagem que deve aumentar nos próximos anos.

No caso da Shell, há cerca de três anos, a empresa iniciou sua estratégia de desenvolver organicamente seu portfólio em geração de energia solar, que na área de energia se soma aos investimentos na sua comercializadora de energia, Shell Energy Brasil, e na termelétrica Marlim Azul. Hoje, a companhia tem planos de desenvolver parques solares nos estados de Minas Gerais e Paraíba.

“Este é o primeiro projeto da Shell em energia solar no Brasil, um marco que diversifica ainda mais a atuação da companhia no País e de maneira completamente alinhada ao nosso propósito de oferecer mais energia e de maneira mais limpa. A presença de um parceiro como a Gerdau nesta jornada nos enche de orgulho e é um sinal de confiança neste propósito na Shell e em sua capacidade como desenvolvedora de soluções de energia para seus clientes. Caminharemos juntos rumo à transição energética e numa região estratégica para ambas as companhias”, afirma o diretor de Renováveis e Soluções de Energia da Shell Brasil, Guilherme Perdigão.

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