Minas Gerais está entre os quatro primeiros Estados que mais disponibilizam serviços digitais nas plataformas do Governo. O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC).
Por Gabriela Sales | Diário do Comércio
A sondagem feita em abril deste ano leva em consideração a acessibilidade, a desburocratização do serviço, a quantidade de público atingido e a agilidade na resposta.
“De um modo geral, nós observamos um amadurecimento dos Estados a respeito da digitalização dos serviços para a população. Os cinco primeiros Estados subiram 10 pontos, o que mostra que todos estão preocupados com o avanço tecnológico dos seus estados”, detalha o presidente da Abep-TIC, Lutiano Silva.
A pesquisa demonstra que os Estados ainda precisam investir muito em conectividade da população. “Durante o levantamento observamos que há locais que, ainda longe das capitais, merecem atenção, seja por falta de acessibilidade à internet ou mesmo pela cultura de familiaridade do uso”, aborda Silva.
Segundo o presidente da Abep-TIC, uma forma de mudança da cultura da população para o universo da web é a abordagem de uma adaptação simples: a fisiodigital.
“Uma boa prática é a parceria entre Estados e Municípios disponibilizando totens com funcionários que possam fazer essa ponte entre a tecnologia e a população. Seja para pessoas que têm dificuldade de acessar, porque não têm familiaridade com o mundo digital ou porque possuem alguma deficiência ou mesmo são carentes e não têm acesso ao dispositivo em casa”, explica Lutiano Silva.
Desde 2019, Minas Gerais conta com o programa Minas Atende, com o objetivo de ampliar os serviços de forma digital para a população.
No programa, o governo acompanha o desenvolvimento da digitalização dos serviços pelo Índice de Transformação Digital. Nesse período, quando foi lançado, 48% das atividades disponibilizadas pelo Estado podiam ser acessadas pela plataforma.
Atualmente, de acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), 72% dos serviços podem ser solicitados pelo site sem sair de casa.
“Dentro dos canais principais do programa Minas Atende temos o portal do governo mg.gov.br, onde a gente tem mais de mil serviços cadastrados. E dentro de uma área mais personalizada a gente tem o cidadao.mg.gov.br, que por meio do login nacional do gov.com.br, o qual Minas adotou, você não precisaria ter vários logins para acessar os serviços públicos. O mesmo login que você acessa a Carteira Nacional de Trânsito ou a Carteira de Trabalho Digital você também acessa o portal do governo”, explica o subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz.
Entre os principais serviços digitais disponibilizados na web pelo estado estão a Cemig, Copasa, Farmácia de Minas, Detran-MG, Delegacia Digital da Polícia Civil e mais de 80 outros serviços de forma personalizada.
“Quando falamos em atendimento personalizado, quer dizer que o cidadão consegue fazer o pré-cadastro que fica registrado no sistema e todas as vezes que ele precisar acessar o serviço não terá a necessidade de ficar repetindo os mesmos dados, o que dá mais agilidade ao processo”, explica Diniz.
Além do canal da web, o governo de Minas oferece o app Minas, que replica os serviços da área personalizada da web e oferece a facilidade de acesso aos serviços do Estado por meio do celular.
Rodrigo Diniz reforça que a pasta está atenta à segurança de dados dos usuários. “Temos um comitê responsável por reforçar a segurança e ações estratégicas para a plataforma, além disso, a opção de utilizarmos o link do Governo Federal permite mais segurança dos dados e mais credibilidade”.
Pandemia digital
A pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC) ainda detalha que muitos Estados foram impulsionados devido à pressão causada pela crise sanitária no mundo.
“Vale lembrar que essa agenda de mais oferta de serviços digitais pelos Estados do Brasil também teve que ser impulsionada devido ao impacto causado pela crise pandêmica da Covid-19, quando os governadores tiveram que criar alternativas para que a população não tivesse prejuízos aos serviços prestados”, salienta o presidente da Abep-TIC, Lutiano Silva.
O subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz, disse que, em Minas, vários serviços presenciais foram interrompidos e tiveram o processo de solicitação pela web adiantado.
“Por causa da pandemia tivemos que reduzir os atendimentos para evitar as aglomerações. A nossa alternativa para não deixar ninguém sem acessibilidade foi disponibilizar totens nas unidades de atendimento para que as pessoas pudessem ter o auxílio de funcionários para realizar o agendamento on-line, enviar documentos via web, ou solicitar outros serviços”, detalha.
Para quem desconfia que os serviços solicitados no formato digital sejam “esquecidos” ou “morosos”, o subsecretário Rodrigo Diniz garante que os trâmites seguem a mesma cronologia dos que os solicitados de forma presencial. “Não há nenhum tipo de esquecimento ou perda desse material. Dou exemplo da delegacia virtual. Hoje, as pessoas fazem o boletim de ocorrência pela web. Esse documento é encaminhado aos investigadores, que avaliam o caso, chamam as partes e levam ao delegado, dependendo do caso. Então, nada fica sem andamento”, explica.
Avanços digitais do Governo de Minas
O subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz, enfatiza que, além de ampliar os serviços, a previsão é que mais municípios de Minas Gerais tenham acesso a linhas telefônicas, o que abre espaço para o acesso à internet.
“Já conseguimos ampliar para 707 municípios a transformação digital com acesso à internet e a linhas telefônicas. Ainda existem distritos muito pequenos em Minas, os quais ainda não têm acesso à internet. O nosso objetivo é por meio de parceria entre os municípios facilitar isso”, reforça Diniz.
Ainda neste ano, a Seplag começa a implementar os boletins digitais para os alunos da Rede Estadual de Ensino. A parceria é com a Secretaria de Estado de Educação e irá disponibilizar para os pais as notas e a frequência dos alunos. Outra novidade será a carteira de identificação digital, em parceria com a Polícia Civil. Essa ainda está em processo de aprimoramento, mas a ideia é que algumas rotinas da emissão do documento sejam realizadas de forma digital.
Por Gabriela Sales | Diário do Comércio
A sondagem feita em abril deste ano leva em consideração a acessibilidade, a desburocratização do serviço, a quantidade de público atingido e a agilidade na resposta.
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“De um modo geral, nós observamos um amadurecimento dos Estados a respeito da digitalização dos serviços para a população. Os cinco primeiros Estados subiram 10 pontos, o que mostra que todos estão preocupados com o avanço tecnológico dos seus estados”, detalha o presidente da Abep-TIC, Lutiano Silva.
A pesquisa demonstra que os Estados ainda precisam investir muito em conectividade da população. “Durante o levantamento observamos que há locais que, ainda longe das capitais, merecem atenção, seja por falta de acessibilidade à internet ou mesmo pela cultura de familiaridade do uso”, aborda Silva.
Segundo o presidente da Abep-TIC, uma forma de mudança da cultura da população para o universo da web é a abordagem de uma adaptação simples: a fisiodigital.
“Uma boa prática é a parceria entre Estados e Municípios disponibilizando totens com funcionários que possam fazer essa ponte entre a tecnologia e a população. Seja para pessoas que têm dificuldade de acessar, porque não têm familiaridade com o mundo digital ou porque possuem alguma deficiência ou mesmo são carentes e não têm acesso ao dispositivo em casa”, explica Lutiano Silva.
Desde 2019, Minas Gerais conta com o programa Minas Atende, com o objetivo de ampliar os serviços de forma digital para a população.
No programa, o governo acompanha o desenvolvimento da digitalização dos serviços pelo Índice de Transformação Digital. Nesse período, quando foi lançado, 48% das atividades disponibilizadas pelo Estado podiam ser acessadas pela plataforma.
Atualmente, de acordo com a Secretaria de Estado de Planejamento (Seplag), 72% dos serviços podem ser solicitados pelo site sem sair de casa.
“Dentro dos canais principais do programa Minas Atende temos o portal do governo mg.gov.br, onde a gente tem mais de mil serviços cadastrados. E dentro de uma área mais personalizada a gente tem o cidadao.mg.gov.br, que por meio do login nacional do gov.com.br, o qual Minas adotou, você não precisaria ter vários logins para acessar os serviços públicos. O mesmo login que você acessa a Carteira Nacional de Trânsito ou a Carteira de Trabalho Digital você também acessa o portal do governo”, explica o subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz.
Entre os principais serviços digitais disponibilizados na web pelo estado estão a Cemig, Copasa, Farmácia de Minas, Detran-MG, Delegacia Digital da Polícia Civil e mais de 80 outros serviços de forma personalizada.
“Quando falamos em atendimento personalizado, quer dizer que o cidadão consegue fazer o pré-cadastro que fica registrado no sistema e todas as vezes que ele precisar acessar o serviço não terá a necessidade de ficar repetindo os mesmos dados, o que dá mais agilidade ao processo”, explica Diniz.
Além do canal da web, o governo de Minas oferece o app Minas, que replica os serviços da área personalizada da web e oferece a facilidade de acesso aos serviços do Estado por meio do celular.
Rodrigo Diniz reforça que a pasta está atenta à segurança de dados dos usuários. “Temos um comitê responsável por reforçar a segurança e ações estratégicas para a plataforma, além disso, a opção de utilizarmos o link do Governo Federal permite mais segurança dos dados e mais credibilidade”.
Pandemia digital
A pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC) ainda detalha que muitos Estados foram impulsionados devido à pressão causada pela crise sanitária no mundo.
“Vale lembrar que essa agenda de mais oferta de serviços digitais pelos Estados do Brasil também teve que ser impulsionada devido ao impacto causado pela crise pandêmica da Covid-19, quando os governadores tiveram que criar alternativas para que a população não tivesse prejuízos aos serviços prestados”, salienta o presidente da Abep-TIC, Lutiano Silva.
O subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz, disse que, em Minas, vários serviços presenciais foram interrompidos e tiveram o processo de solicitação pela web adiantado.
“Por causa da pandemia tivemos que reduzir os atendimentos para evitar as aglomerações. A nossa alternativa para não deixar ninguém sem acessibilidade foi disponibilizar totens nas unidades de atendimento para que as pessoas pudessem ter o auxílio de funcionários para realizar o agendamento on-line, enviar documentos via web, ou solicitar outros serviços”, detalha.
Para quem desconfia que os serviços solicitados no formato digital sejam “esquecidos” ou “morosos”, o subsecretário Rodrigo Diniz garante que os trâmites seguem a mesma cronologia dos que os solicitados de forma presencial. “Não há nenhum tipo de esquecimento ou perda desse material. Dou exemplo da delegacia virtual. Hoje, as pessoas fazem o boletim de ocorrência pela web. Esse documento é encaminhado aos investigadores, que avaliam o caso, chamam as partes e levam ao delegado, dependendo do caso. Então, nada fica sem andamento”, explica.
Avanços digitais do Governo de Minas
O subsecretário de Governança Eletrônica e da Seplag, Rodrigo Diniz, enfatiza que, além de ampliar os serviços, a previsão é que mais municípios de Minas Gerais tenham acesso a linhas telefônicas, o que abre espaço para o acesso à internet.
“Já conseguimos ampliar para 707 municípios a transformação digital com acesso à internet e a linhas telefônicas. Ainda existem distritos muito pequenos em Minas, os quais ainda não têm acesso à internet. O nosso objetivo é por meio de parceria entre os municípios facilitar isso”, reforça Diniz.
Ainda neste ano, a Seplag começa a implementar os boletins digitais para os alunos da Rede Estadual de Ensino. A parceria é com a Secretaria de Estado de Educação e irá disponibilizar para os pais as notas e a frequência dos alunos. Outra novidade será a carteira de identificação digital, em parceria com a Polícia Civil. Essa ainda está em processo de aprimoramento, mas a ideia é que algumas rotinas da emissão do documento sejam realizadas de forma digital.
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