Diário do Porto
A Câmara de Vereadores do Rio acendeu uma luz no fim do túnel para o grave problema de terrenos abandonados por causa de obstáculos excessivos da legislação a projetos imobiliários. Por 38 votos favoráveis e nenhum contrário, a Câmara aprovou em primeira votação o Projeto de Lei Complementar 72/2018 do Poder Executivo, que cria o Parque Sustentável da Gávea. O PLC flexibiliza a legislação urbanística para viabilizar o uso de um terreno de 25 mil metros quadrados que fica ao lado do Gávea Trade Center, próximo ao Shopping da Gávea.
Em 2014, o então prefeito Eduardo Paes, em sua segunda gestão, decretou a desapropriação do local para a criação de um parque público, mas, como a Prefeitura não teve recursos para indenizar os proprietários, não conseguiu implementar o parque. O PLC 72/2018, do Poder Executivo, foi feito para regulamentar o projeto de 2014, do então vereador e atual secretário estadual de Agricultura, Marcelo Queiroz, que criou o parque.
A Prefeitura convocou uma Audiência Publica formal em 9 de maio de 2018, quando o projeto foi avaliado e aprovado por moradores da Gávea. Cerca de 300 pessoas estiveram no Planetário e deram contribuições para melhorar o texto. O vereador Pedro Duarte (Novo) defende a aprovação do PLC como solução exemplar para a criação de empregos na construção civil.
“Fizemos uma audiência pública, e as associações de moradores da Gávea demonstraram apoio ao projeto, bem como a Secretaria Municipal de Urbanismo. Com iniciativa privada, residencial e comercial, junto a um parque de acesso público e preservação ambiental, teremos um caso único e inovador em nossa cidade”, explica o vereador.
O secretário Municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo, elogiou a proposta construída com a participação de moradores. “O projeto apresenta uma solução arquitetônica que resulta em uma legislação. Tem controle social, organicidade e amparo da comunidade. Inclusive vai inspirar a Prefeitura do Rio durante a sua revisão do Plano Diretor”, revela.
O projeto deve seguir para votação em segunda discussão nas próximas semanas. O objetivo do abaixo-assinado é mostrar aos vereadores a importância do projeto. De acordo com organizadores, o modelo do projeto pode inspirar a busca de soluções para outros terrenos da cidade que se encontrem em situação similar de esvaziamento ou abandono. Saiba mais sobre o projeto aqui.
Entenda o projeto
O PLC 72/2018 permite a ocupação do terreno da antiga fábrica do laboratório Moura Brasil, desativada há mais de 40 anos. O imóvel foi vendido em 2003 ao Supermercado Mundial, que tentou construir uma unidade, mas sofreu resistência dos moradores. A prefeitura propôs a criação do parque público, mas não pagou a desapropriação. Os moradores e comerciantes vizinhos, que sofrem os efeitos do abandono da área, temem que, se nada for feito, o terreno acabe sendo ocupado de forma ilegal.
Em 2017, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, procurada por investidores, iniciou estudos para viabilizar ali o Parque Sustentável da Gávea, que busca aliar preservação ecológica, uso sustentável e aproveitamento econômico do imóvel, mantendo sua propriedade privada, mas abrindo-o ao público, com todas as despesas de manutenção do espaço público bancadas pelos proprietários. Os estudos deram origem ao PLC 72/2018, que foi levado à Câmara naquele ano, mas não chegou a ser votado.
A solução arquitetônica, desenvolvida pela STX Desenvolvimento Imobiliário, preserva uma mangueira imensa na frente do terreno, um xodó dos moradores. Pelas regras atuais, a árvore teria de ser derrubada para que um prédio fosse erguido próximo à calçada. O novo projeto divide o grande terreno em três setores, com diferentes regras de ocupação e preservação.
O projeto arquitetônico prevê um térreo comercial com andares residenciais (três pisos superpostos, com 11 metros de altura) e uma alameda que liga a rua a um parque sustentável, aberto à população. Já a área mais alta do terreno, acima da cota 100, será destinada à preservação e pesquisa, sem acesso público. De acordo com o texto, todos os custos ficam por conta da iniciativa privada.
O PLC 72/2018 permite a ocupação do terreno da antiga fábrica do laboratório Moura Brasil, desativada há mais de 40 anos. O imóvel foi vendido em 2003 ao Supermercado Mundial, que tentou construir uma unidade, mas sofreu resistência dos moradores. A prefeitura propôs a criação do parque público, mas não pagou a desapropriação. Os moradores e comerciantes vizinhos, que sofrem os efeitos do abandono da área, temem que, se nada for feito, o terreno acabe sendo ocupado de forma ilegal.
Em 2017, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, procurada por investidores, iniciou estudos para viabilizar ali o Parque Sustentável da Gávea, que busca aliar preservação ecológica, uso sustentável e aproveitamento econômico do imóvel, mantendo sua propriedade privada, mas abrindo-o ao público, com todas as despesas de manutenção do espaço público bancadas pelos proprietários. Os estudos deram origem ao PLC 72/2018, que foi levado à Câmara naquele ano, mas não chegou a ser votado.
A solução arquitetônica, desenvolvida pela STX Desenvolvimento Imobiliário, preserva uma mangueira imensa na frente do terreno, um xodó dos moradores. Pelas regras atuais, a árvore teria de ser derrubada para que um prédio fosse erguido próximo à calçada. O novo projeto divide o grande terreno em três setores, com diferentes regras de ocupação e preservação.
O projeto arquitetônico prevê um térreo comercial com andares residenciais (três pisos superpostos, com 11 metros de altura) e uma alameda que liga a rua a um parque sustentável, aberto à população. Já a área mais alta do terreno, acima da cota 100, será destinada à preservação e pesquisa, sem acesso público. De acordo com o texto, todos os custos ficam por conta da iniciativa privada.
O Parque da Gávea começa a se estruturar como um modelo inovador de espaço público de propriedade privada, que prevê a convivência harmônica entre espaços de mata preservada, fruição da natureza, lazer, comércio e residências. Para tanto, serão criadas condições especiais de uso e ocupação do solo, que proporcionem uma ocupação equilibrada e respeitosa à ambiência do bairro”, afirmam os organizadores do movimento.
CHINELO BRANCO |
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