Pedro Duarte (NOVO-RJ) | Vereador no Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro é, atualmente, dividido em 163 bairros, 51 Regiões Administrativas (RAs), 16 Regiões de Planejamento (RPs) e 5 Áreas de Planejamento (APs). Mas o quê esse tanto de expressões significa e como cada uma tem sua função na hora de planejar a cidade?
Os bairros, todo mundo conhece, certo? São onde a gente desenvolve nossa vida cotidiana, cria laços de vizinhança, são nosso endereço. Eles são delimitados por características históricas, geográficas e culturais. Por serem um território consolidado, também são a referência do poder público para coleta de dados: população, renda, acesso a água, saneamento, energia - essas informações servem de base para as ações de planejamento - permitem saber quais regiões têm mais carência de determinados serviços, quais estão crescendo desordenadamente, e por aí vai.
Bairros são agrupados, de acordo com diversas finalidades, em Regiões Administrativas, nas quais geralmente são aplicadas as políticas públicas setoriais, e em Regiões de Planejamento, que apoiam a organização das informações e a integração das ações descentralizadas dos órgãos municipais.
Estas, por sua vez, quando reunidas, compõem as cinco grandes "APs", ou Áreas de Planejamento do Rio, sobre as quais se tem um leque de informações disponíveis e através das quais são discutidos, por exemplo, parâmetros de uso e ocupação do solo, planos de mobilidade, direcionamentos de recursos, etc.
Por associação, as Áreas de Planejamento acabaram ganhando as denominações comumente usadas pelos cariocas para se referir às diferentes regiões da cidade: a AP1 representa o Centro, a AP2 engloba a Zona Sul e a Grande Tijuca, a AP3, a Zona Norte, a AP4, Barra e Jacarepaguá e a AP5, a Zona Oeste.
É claro que essas associações simplificam muito as relações históricas e culturais construídas entre o carioca e seus bairros - a Tijuca, por exemplo, está na AP 2, mas é considerada por todos os cariocas como um bairro da Zona Norte. Estar em uma ou outra AP não muda essa história. Quando falamos em divisões administrativas, faz sentido agrupar de uma determinada forma, por haverem características ou necessidades parecidas, para o planejamento da Cidade, mas sabemos que as relações de pertencimento funcionam de outra forma.
Ufa, muita coisa, né? E se eu falar que ainda tem mais? Curiosos?
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