Editorial Diário do Comércio
Primeiro, num ciclo já iniciado, com a introdução de sistemas híbridos, que combinam motores convencionais e elétricos, que anteciparão o uso pleno da eletricidade, que deverá ser predominante já na próxima década. Esta deverá ser uma etapa intermediária, enquanto se consolida a tecnologia que possibilita a tecnologia de uso do hidrogênio.
Mudarão também os próprios conceitos de mobilidade, entre outros aspectos com o possível fim do conceito de propriedade individual dando lugar ao uso compartilhado. São mudanças que estão em marcha, com mais velocidade em países como a China e Estados Unidos, e para as quais o Brasil precisa estar muito atento, conforme em diversas ocasiões apontamos neste espaço.
Este também o preciso motivo para que os mineiros, cuja economia voltou a ser a segunda maior do País, superada apenas por São Paulo, tenham motivos de sobra para comemorar a confirmação do investimento de R$ 25 bilhões no município de Nova Lima e destinados à implantação de um complexo industrial centrado na produção de veículos elétricos, de passageiros e de cargas, além de baterias e sistemas de carga. Anuncia-se que as obras começarão ainda neste ano para que, em 2023, comece a produção que poderá envolver até 10 mil trabalhadores em sua plena operação.
Resumindo, o Estado está saindo na frente, está antecipando o futuro que tende a impactar muito positivamente toda a cadeia de fornecedores diretos, a inovação e o desenvolvimento tecnológico. Tudo isso para dar ao parque automotivo local uma nova dimensão.
Num momento de tantas dificuldades e incertezas, este movimento ao que tudo indica será a grande marca do processo de retomada da economia regional, com evidente impacto nacional e até internacional, numa espécie de reedição da grande aventura que foi a implantação da Fiat em Betim, nos anos 70 do século passado.
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